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Grávida do bebê do meu inimigo

Grávida do bebê do meu inimigo

Author: KetyAss

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Histórias picantes

Grávida do bebê do meu inimigo PDF Free Download

Introduction

— Por favor! — Imploro, praticamente me jogando aos seus pés. — Você não pode me tratar assim, não depois de saber que estou grávida. Ele se inclina no meu espaço, tão perto que posso sentir o cheiro das notas picantes de sua colônia. Então, um sorriso sombrio sai por seus lábios. — E você quer que eu acredite que você, uma pobre menina rica, era inocente — Ele faz uma pausa dramática e sorri como se eu tivesse contado uma piada muito engraçada — E virgem? Você não parecia virgem quando eu te fodi! Ele da novamente aquele sorriso que me dá nos nervos. — Eu não quero essa coisa, e eu tenho certeza que você também não. Arrume uma clínica e de um jeito nisso. Não que eu acredite que seja meu, de verdade. Uma virgem não age como você agiu naquela noite, aliás, sinceramente eu nem me lembro, mas se tem alguma coisa que me recordo é que é impossível eu foder uma mulher que pareça indisposta, inocente ou virgem. Eu sinceramente ignoro tudo oque ele diz sobre mim e foco apenas no meu bebê. “Essa coisa” ele acabou de chamar meu bebê de “coisa” — Eu odeio você. — Minha voz não é um sussurro. — Se você acha que algum dia poderá voltar atrás dessa decisão está muito enganado. Você pode enfiar esse dinheiro no seu rabo seu filho da puta. — Digo com toda força que tem em mim. Sua mandíbula apertou e ele parecia querer quebrar meu pescoço, como a primeira vez. Mas agora algo brilhou em seu olhar, algo diferente. Ele estava incerto das acusações que me fez, e o pior de tudo. Ele sabia que eu estava falando sério. Ele sabia que eu nunca mais voltaria atrás.
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Chapter 1

Prólogo

Onze anos antes

Sentei na beirada da cama do meu pai. O homem, antes ativo, agora vivia na maior parte do tempo sedado. Eu, de verdade, preferia assim. Ao menos ele não me assustava, como quando começava a gemer e gritar à noite por causa das dores. Ele usava uma máscara de oxigênio para ajudar a respiração, seus braços estavam ligados ao acesso que levava a seu corpo a medicação; havia também monitores que apitavam a todo o momento. Eu ainda não entendo muito bem isso tudo, o que sei é que ele está muito doente.

— Eu sei que você vai ficar bem, papai — disse, enquanto beijava o seu

rosto.

Peguei meu ursinho Teddy e deitei ao seu lado, encolhida. Eu vestia um blusão de bolinhas que ia até a canela, meus cabelos estavam na altura das costas. Eu adormeci por um momento, e acordei com sua tosse seca.

Não.

Não.

Não.

Eu não podia suportar aquilo, ele claramente sentia dor. Onde estava Clarissa? Ela costumava ser uma enfermeira carinhosa, mas eu via claramente que ela não tinha mais o mesmo cuidado com meu pai. “Talvez, ela tenha desistido” pensei, enquanto chorava baixinho à beira da cama. Senti sua mão que, lentamente, se apoiou nas minhas costas.

— Nicole? — disse com a voz rouca, soltando outra tosse.

— Sim, papai. — Levantei lentamente e sentei ao seu lado.

— Não chore, pequena — ele disse com dificuldade. — Você foi a melhor coisa que já me aconteceu, eu te amo tanto.

Fechei meus olhos quando papai passou a mão pelo meu rosto, limpando as minhas lágrimas.

— Você merece todo amor do mundo. — Tosse. — Um dia alguém vai te amar tanto. E vai ser tão perfeito... Tão puro. — Tosse.

— Por favor, papai, pare de falar, não está te fazendo bem.

— Sempre me faz bem, estar com você. Eu sinto muito por não ter estado mais tempo.

— Tá tudo bem. — Tentei fingir um sorriso para deixá-lo mais confortável.

— Não está, filha. Eu sinto muito... Eu sinto muito. — Ele se agitou e, em seguida, engasgou ferozmente. O monitor começou a apitar.

Eu me levantei correndo para ir atrás de Clarissa. Quando desci da cama, dei de cara com ela, que passou por mim com pressa e começou a mexer na medicação. Foi como se o tempo passasse em câmera lenta. Eu a via gritando, mas não conseguia entender nada. Tentei, sair mas parecia que meus pés estavam agarrados ao chão. Meu rosto gelou. Meu olho vagou novamente para o meu pai. Ele estava branco, seus olhos abertos, e tinha sangue na boca. Papai começou a tossir sangue.

— O que está acontecendo? Papai! — gritei, enquanto chorava.

— Tirem ela daqui! Tirem ela daqui!

Não lembro quem me tirou de lá, se adormeci ou desmaiei. Eu apenas não lembro.

Acordei de manhã e estava com a mesma roupa de antes. Minha cabeça doía. Olhei para a cômoda, havia uma roupa preta arrumada em cima. Levantei e fui direto para o quarto do meu pai. Empurrei a porta. Estava tudo limpo. Ele não estava lá. A cama estava devidamente arrumada com um lençol branco. Não havia mais monitores, nada. O cheiro de alvejante era tão forte que ardeu meu nariz. Dei alguns passos para trás e esbarrei com uma mulher de uns vinte e cinco anos, loira, bonita.

— Olá, sou Summer — ela disse enquanto estendia a mão para mim.

— Olá, Summer — disse com estranheza. Não apertei a sua mão. — Onde está o papai? — Ela fechou a boca em linha reta, em uma cara de poucos amigos, e depois sorriu. — Onde está a Clarissa? — disse, olhando em volta, à sua procura.

— Nós não vamos mais precisar dos seus cuidados.

— Mas ela estava cuidando do meu pai.

— Seu pai também não vai precisar de mais cuidados.

— Por quê? Onde está o meu pai?

— Você está muito agitada, mocinha. Eu preciso que você se troque. Nós precisamos sair — disse de forma gentil, porém, não dando espaço para discussão.

Saí, entrei no meu quarto e me troquei.

Horas depois, andávamos por um jardim que eu não conhecia. Estava achando estranho. Onde estavam todos? Onde estava Madeleine? Eu, Mateus e Summer seguimos até um senhor desconhecido. Ele lia palavras que eu não tinha muita compreensão. Sentia-me agoniada, sem saber o motivo. Meu coração começou a doer. Eu só queria ir embora.

Senti mãos geladas apoiando nos meus ombros. Olhei para cima e Summer estava lá, com o mesmo sorriso aconchegante.

— Sinto muito, querida, está na hora de dizer adeus.

Olhei para ela, era óbvio que algo acontecera com papai, mas por que ninguém dizia nada? Ela pegou minha mão. Eu instintivamente não quis ir, aquilo não parecia bom. Ela me puxou e eu neguei com a cabeça.

— Vamos, querida, por favor! — Ela me encarou.

Desisti de encará-la e acabei cedendo. Caminhei atrás do senhor que discursava há pouco e meus olhos correram para o meu pai. Ele estava deitado em um caixão preto, os olhos fechados. A feição era tranquila, não havia sangue ou dor.

— Papai — chamei em voz baixa, quase em um sussurro. — Papai... — chamei novamente, não tendo certeza se dessa vez a minha voz havia saído.

— Você só precisa se despedir, querida. — Summer me olhou com grandes olhos castanhos.

— Não quero me despedir. — Olhei suplicante para ela.

— Não dificulte as coisas. — Ele segurou os lábios em linha fina, claramente perdendo a paciência

— Não! — Gritei, fazendo com que algumas pessoas em volta se virassem para mim. — Papai, acorde! Vamos para casa! — Tentei sacudi-lo. Minhas mãos foram impedidas. — Me solte! — Olhei para cima, enquanto Mateus me segurava. — Por favor, Mateus! — apelei. Lágrimas rolavam em abundância pelo meu rosto.

— Eu sinto muito, Nicole. — Ele nem olhou nos meus olhos. Começaram a descer o caixão. Eu entrei em pânico. Como eles poderiam tê-lo posto ali? — Papai! Saia daí! Papai, por favor, levante!

Consegui me soltar e alcançar o caixão. Soluços saiam da minha boca. Mateus me agarrou novamente e me pôs sobre os ombros, eu bati nele. Gritei, mas nada adiantou, ele estavam me levando para longe do meu pai.

— Por favor, Mateus, ligue para Madeleine! Ela vai tirar meu pai dali!

— Eu sinto muito, Nicole — ouvi-o sussurrar. — Eu sinto muito.