Ao cair da noite, nuvens escuras cobriram o céu.
Arthur Stern, coberto de sangue, segurou firmemente o braço de Renata Bailey, correndo pela floresta tropical, sua pegada nela tão firme quanto sempre foi.
O trovão rugia, o relâmpago iluminava a tempestade iminente, e a chuva começou a cair implacavelmente.
Enxugando a chuva do rosto, Renata se virou para a figura imponente à sua frente, dizendo decidida: "Eu te traí. Vazei notícias para o Ray Davies".
"Silêncio!" Arthur latiu para ela, e então chamou Samuel Allen que vinha atrás, "Enterre uma mina terrestre aqui para impedir a perseguição deles. Vamos nos reunir a um quilometro daqui!"
"Certo!" Samuel reafirmou com um grito.
Ele lançou a Renata um olhar feroz, fechou os punhos, e relutantemente virou-se para executar as ordens de Arthur.
Os olhos de Renata ardiam enquanto ela reprimia a amargura em seu coração. Ela tinha que soar tão cruel quanto possível quando disse, "Você sabe por que o Bobby se voltou contra você? É porque você sempre esteve me protegendo; se você ainda insiste em me levar com você, o Samuel será o próximo!"
Como se não a tivesse ouvido, Arthur ainda a segurava firmemente e andava ainda mais rápido.
A chuva pesada escorria pelo rosto de Renata como lágrimas. Ela mordeu o ombro dele e retrucou, "Ray é quem eu amo. Eu estou voltando para encontrá-lo!"
Mal tinha terminado de falar quando suas costas foram esmagadas contra a árvore com um estrondo!
Com fogo ardendo em seus olhos, Arthur agarrou seu pescoço e rugiu, "Ray está tentando te matar. Você não consegue ver isso?!"
Como ela poderia não ter previsto isso? Foi precisamente porque Ray queria usá-la como isca para pegar todos eles que ela se recusou a arrastá-lo para baixo.
Resoluta, ela o esbofeteou.
"Eu prefiro morrer nas mãos do Ray antes de ir com você!"
As pupilas de Arthur se contraíram; ele socou o tronco atrás dela com força.
Seu rosto bonito estava carregado de raiva. Ele cravou seu olhar nela como se quisesse engoli-la inteira.
A grande mão que apertava seu pescoço apertou-se mais, mas relaxou novamente no segundo seguinte. Seus olhos estavam injetados de sangue.
"Acorda do seu sonho! Mesmo que você morra, eu vou te arrastar comigo!"
Assim que ele disse isso, houve uma intensa explosão não muito longe.
Arthur deu uma risada irônica e então agarrou Renata, correndo novamente.
No entanto, eles não tinham ido muito longe quando foram cercados por um grupo de pessoas.
A multidão se dividiu para revelar uma figura alta caminhando lentamente entre eles. Seu rosto era claro e bonito, com um leve sorriso em seus lábios finos.
O homem era Ray Davies.
Ele jogou Samuel de lado e limpou suas mãos devagar. "Realmente não foi fácil te pegar."
Arthur estreitou os olhos e protegeu Renata atrás dele. "Essa rixa é entre nós. Não tem nada a ver com ela."
Ray fez ouvidos surdos para Arthur, seus olhos fixos unicamente em Renata, emoções insondáveis giravam dentro de seu olhar.
Depois de um tempo, ele riu e olhou para Arthur. "Você sabe por que você foi constantemente rastreado? Eu instalei um rastreador no corpo de Renata."
Inalterado, Arthur apenas olhou de volta para Renata, apertou seu braço e tomou uma decisão em fração de segundos.
"Eu sei que o rastreador também é uma pequena bomba. Mas Renata tem trabalhado para você, e você é quem ela se preocupa. Se você soltá-la, pode fazer comigo o que quiser."
Mal as palavras haviam deixado sua boca quando Renata começou a cambalear.
Então, Ray realmente queria que ela morresse.
E quanto a Arthur? Ela era a razão para o seu atual dilema.
Ele era um nobre distinto, herdeiro da família mais ilustre do país. Ele nasceu em privilégio, admirado, repleto de oportunidades - ele tinha tudo o que alguém poderia querer.
Mas agora, ele foi forçado a acompanhá-la em sua fuga.
Por que ele ainda escolheu levá-la junto? Ele deve saber que ela era apenas um fardo!
Ray lançou um olhar para Arthur, sua mão acariciando casualmente o controle remoto da bomba em seu bolso.
"Arthur, eu sei que você não é médio - não podemos eliminar você. Então, se você tirar sua própria vida, eu prometo que libertarei ela."
