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Meu professor querido

Meu professor querido

Autor: VicFigueiredo

En proceso

Bilionário

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Introducción

Sabe quando nosso coração acelera? Mas, o que fazer, quando esse coração desobediente, não somente se apaixona por um, mas por 2 professores ao mesmo tempo ? E quando o conto de fadas se torna um pesadelo, quem irá te salvar?
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Chapter 1

Era mais um dia como todos os outros. As mesmas pessoas medíocres, os mesmos ambientes entediantes, a mesma rotina de sempre. Como de costume, o professor mal comido de geografia passava cinco páginas de lição de casa, e ai de quem não trouxesse o dever feito no dia seguinte. Materiazinha detestável essa geografia. E quando eu pensava que nada poderia torná-la mais detestável ainda, eis que surge na minha escola aquele ser repugnante com sua careca lustrada e suas calças no umbigo. Resumindo, eu realmente odiava o sr. Hammings.

O sinal irritante tocava, anunciando o início de mais uma aula de biologia, e a penúltima aula do dia. Pelo menos o sr. Suan não sofria de falta de sexo como o sr. Hammings. Não parecia nem devia sofrer, com aqueles ombros largos, aquele sorriso experiente e sempre relaxado, como se nada pudesse tirar aquela tranquilidade dele. Fora aquele corte de cabelo que lhe dava um ar de 20 quando na verdade ele era dez anos mais velho. Um belo rosto que arrancava suspiros por onde passava, e uma voz confiante que prendia a atenção de todos os alunos e os fazia entender a matéria mais complexa do mundo em um segundo eram os últimos detalhes que faltavam para torná-lo o professor perfeito.

Pra mim, ele era um ótimo educador. Desenvoltura ao falar, paciente e muito bem informado sobre tudo, sabia como eliminar todas as possíveis dúvidas de seus alunos com um sorriso no rosto e palavras simples. Minha facilidade em biologia me dava tempo de sobra para analisar seu jeito de falar, de andar, de gesticular e de agir, ao invés de prestar atenção na matéria. O que eu adorava fazer, até mesmo sem querer. Tipo agora.

– Bom dia, professor – ouvi a voz da retardada da Kelly Smithers gemer assim que pude ver a cabeleira do sr. Suan entrou na classe. Bem daquele jeitinho oi-sou-puta-quero-dar-pra-você-na-sala-dos-professores, enquanto mascava seu chiclete daquele jeito vulgar que a maioria das pessoas daquele colégio estúpido costumava fazer.

– Você sabia, srta. Smithers, que uma pessoa que masca chiclete de boca aberta engole muito mais bactérias do que uma pessoa que masca chiclete de boca fechada? – Steve Suan, meu professor de biologia falou, enquanto colocava seu material sobre sua grande mesa – Além de ser algo extremamente desagradável de se ver.

Contive minha gargalhada num sorriso de canto de boca, praticamente comendo aquele homem com os olhos. Adorava o jeito com o qual ele simplesmente deixava aquela piranha da Smithers no chão sem se rebaixar ao seu nível. E por incrível que pareça, ela continuava com seu mesmo jeito fútil, mascando furiosamente seu chiclete de morango, enquanto sua amiga fazia cara de

puta

chocada. Só não continuei me divertindo com a cara de azulejo dela ao ser consolada por sua amiga porque havia algo muito melhor para ser observado naquela sala. Algo que tinha nome, sobrenome, e um sorriso estonteante.

Você deve estar pensando que eu sou a maior pervertida da face da Terra. Mas você só diz isso porque seu professor de biologia não é o cara mais lindo que você já viu pessoalmente. Ter que aguentar 50 minutos semanais com um homem desses sem ter pensamentos como os meus era impossível, vai por mim. Eu sabia que era errado, que eu jamais poderia chamar a atenção de um homem como o professor Suan, mas eu me esforçava para ser sua melhor aluna. E é claro que eu consegui.

– Onde foi que eu parei, Velarde? – ouvi sua voz firme perguntar se aproximando da minha carteira com um sorriso animado, enquanto apoiava uma das mãos no encosto da carteira à minha frente e se curvava pra ler minhas anotações.

– Na última aula o senhor começou a explicação sobre genética – respondi, inalando aquele perfume de homem cheiroso que eu amava sentir toda vez que ele estava por perto. Sempre me disseram que esses caras ligados na natureza têm tendências meio hippies, ou seja, não tomam banho e consequentemente fedem. Steve Suan era a prova viva de que aquilo era puro mito. Ou então, era uma linda exceção.

– Alguma dúvida sobre o que eu já expliquei? – ele murmurou, com sua habitual simpatia com relação a mim. Ele sempre fazia aquela mesma pergunta quando começava um novo conteúdo, como se precisasse da minha opinião sobre a qualidade de sua aula. E eu sempre respondia a mesma coisa, com um sorriso meigo no rosto:

– Nenhuma, professor.

Aliás, eu tenho uma: quando o senhor pretende virar pedófilo?