NovelCat

Lee y descubre un mundo nuevo

Abrir APP
O Arrependimento do CEO após o Divórcio

O Arrependimento do CEO após o Divórcio

En proceso

Bilionário

O Arrependimento do CEO após o Divórcio PDF Free Download

Introducción

Serena, herdeira do império de joias mais cobiçado da Grã-Bretanha, a LUXE, perde a memória no auge da vida e é salva das águas por Ryan. Entre eles, nasce uma paixão instantânea — mas nem três anos de casamento conseguem apagar Sophie, o amor eterno que ainda habita o coração dele. Após um sequestro brutal e a humilhação de ver Ryan acompanhado por Ivy, irmã de Sophie, Serena atinge o limite e anuncia: "Vamos nos divorciar." A resposta dele é um aviso gelado: "Você não sobrevive sem mim." Liberta das amarras do sofrimento, Serena resurge com força total: sua carreira como designer decola e ela conquista o mundo. Com as memórias recuperadas, retorna à LUXE, dá à luz gêmeos e passa a ser desejada por muitos. É então que Ryan, em pânico, aparece suplicando: "Serena, eu errei — me deixe ver nossos filhos." Mas será que ainda há tempo para reconquistar o coração que ele tanto machucou? Ou alguns erros são grandes demais para serem perdoados? Descubra nesta história repleta de emoção, reviravoltas e um amor que insiste em renascer.
Mostrar Todo▼

Chapter 1

Serena

A água gelada acertou meu rosto como um tapa, arrancando-me da escuridão com o impacto de um choque. O ar fugiu dos meus pulmões, e minha garganta se fechou. Diante dos meus olhos, luzes dançavam entre sombras. Encolhida no chão úmido de cimento, senti as amarras de plástico queimando meus pulsos e um frio que ia direto à espinha. No silêncio pesado, só se ouviam o pingar da água, o eco distante de uma porta de metal e a risada baixa de três homens.

"Olha só, a princesa acordou," disse um homem com o rosto marcado, inclinando-se sobre mim. Seu olhar me cortava como uma lâmina. "Que mercadoria de primeira."

"É mesmo," concordou outro, de cabelos castanhos, soprando a fumaça do cigarro na minha direção. "Num leilão clandestino, ela vale fácil uns dez mil."

O terceiro, encostado na parede, lambeu os lábios. "Ou a gente pode… testar a mercadoria antes. Quem vai ligar?"

Uma onda de nojo subiu da minha barriga. Meus dedos se enterraram no chão gelado. O medo era uma serpente subindo pela minha coluna, mas forcei a cabeça erguer e firmei a voz o máximo que pude.

"Esperem!" Meus dentes batiam, mas as palavras saíram. "Eu sou Serena Blackwood. Esposa do Ryan Blackwood. Se é dinheiro que querem, eu consigo mais do que qualquer leilão. Só me deixem ligar para meu marido."

Os três se entreolharam e caíram na gargalhada.

"Blackwood?" O homem com cicatrizes franziu a testa, cético. "A família Blackwood dos EUA? Nunca ouvi falar em você sendo esposa dele."

Ele deu uma risada seca. "Deve ser alguma amante inventando título. Se fosse a esposa de verdade, ele já estaria aqui. Acha que a gente ainda estaria conversando?"

Cada palavra era um prego no meu peito.

A verdade era que eu mesma não tinha certeza. Três anos atrás, Ryan me resgatou do mar. Eu não tinha memória, nem passado, nem família. Ele se tornou minha única luz.

Quando me pediu em casamento, aceitei sem pensar. Mas nas nossas noites, seus abraços eram carregados com o sussurro de outro nome: Sophie Hart, seu grande amor perdido.

Foi quando entendi: eu era só uma sombra, uma substituta.

Para o mundo, Ryan era o marido perfeito. Cuidava de Ivy, irmã de Sophie, sem jamais – supostamente – me negligenciar.

Ele prometeu: tudo que desse a Ivy, eu receberia dez vezes mais. Eu sempre seria a Sra. Blackwood.

Quando temia que Ivy pegasse frio, comprava-lhe um casaco de cashmere. Para mim, encomendava um casaco de grife, dez vezes mais caro.

Quando presenteava Ivy com um colar de diamantes, eu ganhava um conjunto de safiras que valia uma fortuna.

Eu guardava todos esses presentes, lacrados, num quarto de despejo. Cada caixa era um monumento ao fato: ele a amava; a mim, me compensava.

Agora, com minha vida nas mãos desses homens, eu apostava no pouco que restava. Que ele se importava, nem que fosse um pouco.

"O número," o homem com cicatrizes rosnou.

Tremendo, recitei o número privado dele. O som da discagem ecoou naquele lugar úmido.

Trim… trim…

Cada toque era uma facada.

A ligação atendeu.

"Alô?" A voz doce e melosa de Ivy Hart preencheu a linha, seguida por uma risada que conhecia bem. Meu coração desabou. "Ivy," tentei manter a firmeza, "passe o Ryan. É uma emergência—"

"Ah, Serena," ela riu suavemente, cada nota uma agulha no meu coração. "Que timing. O Ryan está no baile de caridade. Você sabe como hoje é importante, não sabe? Não atrapalhe."

Os sequestradores ao meu lado riram à vontade. "Tá ouvindo? O maridão não quer papo!"

"Eu disse que ela era maluca!"

Certei os dentes até doer, sentindo minhas próprias unhas cortarem as palmas das mãos. "Ivy, ouça," baixei a voz, esmagando cada último pedaço de orgulho. "Vá ao depósito da mansão Blackwood. Código 0503. Você sabe o que tem lá. Eu troco tudo por um minuto com o Ryan."

Um silêncio breve do outro lado. Ela sabia que eu não blefava. "Tudo bem," disse, com voz indolente. "Mas seja rápida."

Momentos depois, a voz dele, familiar e gelada, chegou aos meus ouvidos.

"O que foi?"

Ao ouvi-lo, tudo em mim quis desmoronar. "Ryan, por favor, algo aconteceu, eu—"

"Serena." Ele me cortou, a impaciência e o desdém transbordando. "Precisa fazer drama agora? Não te levei ao baile, e já estou te compensando. Uma casa de praia. Tudo arrumado. Não pode só se comportar?"

Uma casa de praia.

O mundo parou. Era para Ivy? Para eles?

As lágrimas que eu segurava transbordaram, mas da minha garganta saiu um riso amargo e rouco.

"Ryan, você me dá nojo." Cuspi cada palavra como se fosse veneno. "Você e aquela piranha… vão se arrepender."

"Você está—" ele começou a retrucar, mas eu já gritava com a força que me restava, minha voz se esfacelando: "Espero que queimem no inferno, os dois!"

Desliguei o telefone com força.

Os homens riram, jogando o aparelho longe.

"Então é a esposa do Blackwood mesmo," o líder disse, puxando meus cabelos e forçando meu rosto para cima. "Que pena que é uma esposa descartável. Se dinheiro você não tem, a gente cobra de outro jeito."

"Não me toquem!" Lutei com uma força desesperada, mas suas mãos eram grossas e fortes.

O medo e a humilhação explodiram dentro de mim, virando combustível. Como um animal acuado, me joguei para frente e enterrei os dentes no pulso do homem mais próximo. O gosto metálico do sangue inundou minha boca.

"AAAAH! Sua maluca!" Ele soltou um berro, recuando.

Tropecei em direção à porta, meus pés descalços batendo no cimento gelado. O coração parecia querer saltar do peito.

O ar noturno me atingiu em cheio. Eu meio corria, meio arrastava os pés em direção ao lago que avistava à distância.

Atrás de mim, gritos de fúria e passos pesados.

Não havia tempo. Não havia volta.

Me joguei na água escura e fria.

O gelo perfurou minha pele como mil agulhas. A falta de ar e o terror tentavam rasgar meu peito, mas eu nadava, cada braçada um ato de rebeldia contra a morte que eu conhecia.

Eu não vou morrer aqui. Não serei mais a sombra de ninguém.

Enquanto a consciência fugia e a escuridão me envolvia, meu último pensamento foi claro e inabalável:

Estou fugindo deste casamento. Para sempre. Mesmo que esta seja a última coisa que eu faça.