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Amada Por um Gringo, Desejada Por Um Bandido

Amada Por um Gringo, Desejada Por Um Bandido

Autor: Aimelizz

En proceso

Bilionário

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Introducción

A história gira em torno de uma jovem batalhadora, em busca de realizar seu grande sonho, que é se transformar numa grande dançarina. O caminho para a realização do sonho da Naty, personagem central da história, não será fácil. Ela terá que superá tanto a maldade da sua prima, Mara, quanto os abusos do chefe do tráfico onde mora. Em meio aos mandos e desmandos de seus opressores, a garota conhece um rapaz estrangeiro, Luke. Uma forte atração surge entre os dois. Eles começam a ficar e não demora muito para que se apaixonem perdidamente um pelo outro. A relação fica séria, só que daí serão proibidos de poder viver esse amor. Mas Luke não desiste da garota que ama e enfrenta o perigo, mesmo correndo grande risco de vida.
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Chapter 1

— Pelo amor de Deus, moço!... Vai mais rápido! — Pedi aflita para o motorista do veículo. O homem olhou pra mim pelo retrovisor e disse: — Estou dirigindo dentro do meu limite. Não posso passar dos cem quilômetros por hora… Nem quero tomar uma multa.

Eu, no banco de trás do carro de aplicativo, não parava de olhar para trás um só minuto. Meu coração não parava de bater forte dentro do meu peito.

Não sei se por milagre, ou sei lá o quê que aconteceu, mas a rodovia que ligava a comunidade ao aeroporto, naquele dia se encontrava com pouco tráfego.

Enquanto não parava de olhar pros veículos que vinham logo atrás do carro que eu estava, também não parava de olhar para o relógio.

De repente, uma moto desembestada, com dois caras montados, ultrapassou o carro bem do meu lado - gelei na mesma hora. Graças a Deus que foi só um alarme falso.

Finalmente cheguei no terminal de embarque do aeroporto. Paguei o motorista e entrei correndo para dentro.

Super atrasada, eu temia que não desse mais tempo de embarcar na aeronave. Fui até o guichê fazer o check-in. Apesar de ainda estar tremendo, me sentia um pouco mais segura na parte interna do aeroporto. Duvido que algum dos capangas do Elói conseguiria me apagar ali dentro. Mesmo assim, não me sentia cem por cento segura. Vai que algum daqueles nojentos da quadrilha conseguisse burlar o sistema de segurança com alguma arma branca, me encontrasse e me forçasse a voltar com ele.

Feito o check-in, corri para o portão de embarque, pois a atendente me disse que se me apressasse, ainda daria tempo.

Saí correndo, mas antes de me ocultar de vez, corredor adentro, virei e olhei para trás. Nisso, consegui ver o pau-mandado do Drico andando de um lado para o outro, me procurando.

Consegui embarcar no avião, porém a “nóia” de ainda estar sendo seguida, não passava. Vai que alguém da tropa do rei do tráfico do Cantagalo tivesse comprado uma passagem antes, estivesse ali infiltrado e me fizesse tomar outro avião de volta, assim que desembarcássemos.Felizmente isso não aconteceu, e consegui chegar à América do Norte sã e salva.

Desculpem-me, por ainda não ter me apresentado. Eu me chamo Naty. E esse breve relato que acabaram de tomar conhecimento, é apenas uma parte do desfecho da minha até então triste história.

Ainda bem que entre as agruras que surgiram no meu caminho, conheci o homem que me salvou do terrível destino que pessoas inescrupulosas tinham me reservado.

Luke era o cara mais gente boa que eu havia conhecido. Simples, humilde, gentil e bom de papo. Era completamente desapegado de bens materiais e coisas do tipo.

O conheci num baile charme, na comunidade vizinha em que eu morava. Numa noite que consegui escapar da megera da minha prima, Mara.

Confesso que meu santo não bateu, de início, com o dele. Sei lá, aquela carinha de menino rico bem cuidado pela família, não fazia meu tipo. “Aposto que é mais um filhinho de papai que saiu escondido dos pais. E que por influência dos amigos, também riquinhos, veio ver qual é a da quebrada”, pensei.

— Olha lá, amiga! — disse Pietra assim que percebeu que o rapaz não tirava os olhos de cima de mim.

— Credo! Esse riquinho branquelo? — disse. — Quero não, amiga. Pode ficar com ele… Não faz meu tipo.

Como a Pietra não tinha ainda conseguido beijar ninguém naquela noite, ela resolveu chegar junto do cara que me olhava.

Decidida a dar uns bons amassos no riquinho, Pietra sensualizou pra valer, diante do moço.

Já ele se deixou levar pelo embalo da música e entrou na onda dela.

Nada mal pra um rapaz da zona sul… Taí, num é que o carinha ganhou pontos comigo, pensei enquanto acompanhava, admirada, o “joguinho de sedução” da dupla. Mas aí já era tarde pra voltar atrás com a minha palavra. Eu não podia talaricar a minha amiga.

Apesar das investidas, Pietra não saiu do zero a zero com o branquinho.

Pelo visto, o rapaz só tava afim de dançar mesmo.

— Eu desisto, amiga! — disse Pietra se aproximando de mim, após pegar uma bebida. — Só faltei esfregar a raba na cara do sujeito, e nada.

— Pois é amiga! — falei pra consolar a Pietra.

De repente, o tal moço veio até a gente.

— Ops! disfarça, amiga, que o carinha vem vindo.

Imediatamente, Pietra sorriu pra mim e virou toda animada na direção do cara.

— Olá! qual é aí, meninas? — disse a seguinte frase, meio sem sentido, o rapaz. Só que isso com um sotaque bastante carregado.

— Ah, quer dizer que você é gringo!?... Então tá explicado porque te achamos com cara de mauricinho — declarou Pietra, sem se atentar que poderia ofender o moço.

Ele olhou pra gente parecendo não ter entendido muita coisa, entretanto riu.

Em seguida, me puxou pela mão e me arrastou pra pista.

Eu olhei pra Pietra com cara de aflita, mas aí ela me olhou de volta e fez um sinal de como se dissesse: relaxa e curte aí, amiga, e continuou tomando sua bebida.

No meio da pista, enquanto o Luke e eu dançavamos juntinhos, pensava: E não é que o gringuinho também é um rapaz de atitude.

Peraí que esse carinha tá subindo demais no meu conceito.

Dançamos agarradinhos por um bom tempo. Paramos de dançar e começamos a conversar. Daí, foi questão de minutos pra nos pegarmos.

Nossa! Que pegada que ele tinha. Como beijava bem.

De tanto beijá-lo, teve uma hora que cheguei a perder o fôlego.

Enfim, nos largamos um pouco e eu fui correndo tomar um gole de bebida.

— Caraca! Pra quem não veio pegar ninguém ... quem te viu e quem te vê, hein, Naty?

— Não sei o que me deu. Mas esse gringuinho é diferenciado… E tem muita pegada! — confessei, e logo em seguida demos um gritinho eufórico de alegria.

— Mas e aí?... Vai rolar entre vocês algo mais do que beijos e amassos. Ou vai ficar apenas nisso, mesmo?

— Ah, amiga. Tá tão bom assim, que eu não quero apressar as coisas.

— Mas se você tá com vontade, o que que tem, garota?

— Depois eu vejo isso, por enquanto quero só conversar e dançar muito com ele — declarei, já me virando pra voltar pra junto do meu ficante. Porém, me lembrei o que havia ido fazer onde a Pietra estava.

— Ah, me lembrei… Me dá um golinho dessa breja! — disse pegando a garrafa e olhando pro relógio piscando no braço da minha amiga.

Faltavam quinze minutos pra meia-noite. Hora que eu deveria estar na casa da minha prima, Mara.

Já tinha saído escondida dela.

Daí, se eu chegasse depois da meia-noite, com certeza ia ser outra surra daquelas.

— Ai, meu Deus! Olha só a hora, Pietra! — exclamei aos gritos. — Precisamos meter o pé daqui, agora!

Nesse momento, o Luke se aproximou e tomou a minha mão, sem que eu percebesse.

— O quê que foi, meninas? — perguntou demonstrando interesse na nossa conversa.

— Não é nada demais… Apenas precisamos ir embora, agora! — respondi dando os primeiros passos na direção da saída.

Ele segurou minha mão com maior intensidade. Fazendo com que seus longos dedos alcançassem meu pulso. Enquanto que eu forçava todo o meu braço, para me ver livre.

Consegui me desvencilhar do gringo. Entretanto, minha pulseira de miçangas acabou se soltando e ficando.

Saímos do baile charme feito duas loucas.

Quem nos visse, pensaria que estávamos fugindo de algum assassino.

Começamos a procurar mototáxi no ponto mais próximo. Mas, no momento, o ponto de motos se encontrava vazio. E só depois de uns cinco minutos é que veio aparecer um único mototaxista.

Subimos, Pietra e eu, na mesma moto, e cruzamos ruas e bairros.

Ao chegarmos na entrada principal da nossa comunidade, porém, o mototaxista resolveu não seguir adiante.

Segundo ele, como não era morador da área, queria evitar correr riscos.

Descemos da motocicleta, pagamos o mototaxista e começamos a subir rua acima.

Ainda precisávamos andar um longo pedaço, até chegar às vielas que iam levar as nossas moradias.

— Graças a Deus que chegamos em paz, amiga! — disse Pietra me dando um beijo de despedida.

— Ainda bem, amiga!

— Boa sorte lá com a cobra da tua prima.

— Obrigada!

Embora estivesse certa de que a Mara estaria à minha espera - agarrada com um cabo de vassoura, e que as pauladas comeriam solta, entrei pé ante pé na sala.

Não custava nada tentar evitar fazer barulho, né? Pois quem sabe ela não tivesse caído no sono profundo no sofá, depois de um dia “cansativo”.

Mas não!

Bastou eu trancar a porta e me virar, pra tomar um susto com o olhar de reprovação da megera pro meu lado.

— Muito bonito, hein? sua vadia… Voltando da baderna, à casa dos outros, uma hora dessas… Aposto que tava de safadeza por aí, com os machos.

— Não estava fazendo nada disso que você diz, Mara… Eu estava no baile charme, dançando.

— Quem não te conhece que te compre… Não passa de mais uma vadiazinha… escrotinha, como tantas que tem por aí.

— A senhora não fale assim comigo. Pois se for por isso, as suas filhas também podem ser chamadas de vadias… Muito pior que isso, é elas se prestarem, o tempo todo, a marias fuzis.

— Lave sua boca, antes de falar das minhas meninas!

— Falo mesmo — disse decidida a enfrentar a demônia. — São todas umas perdidas!

— Quer levar uma surra de ficar roxa, não quer?

— Tente e verá… De hoje em diante, não vou mais apanhar de graça, não, Mara!… Se tentar, vou revidar.

— Ah! ah! ah! ah! ah! — gargalhou a megera uma gargalhada forçada e cheia de deboche. — Por hoje, vou deixar passar essa sua audácia. Isso porque tenho planos pra você amanhã logo cedo.

A bocuda não me bateu, nem me xingou por horas como sempre fazia. Ao invés disso, exigiu que eu tomasse um banho pra tirar o suor do corpo, porque logo pela manhã, o dia seria pra mim bastante puxado.