Cap. 1 - A Fugitiva
- Senhora Bilbord pare. Senhora Bilbord!
Esse que está gritando é meu segurança Marcel. Hoje era para ser um dia feliz para qualquer casal ou qualquer mulher, mas não comigo. Eu sou Luana Bilbord mas conhecida como Lulu, Lua ou Lu para os íntimos. Essa na verdade é a minha história.
Eu uma mulher de 24 anos formada em gastronomia e cheia de sonhos na bagagem. Porque eu estou correndo vestida de noiva? Ora, porque é como eu disse antes, toda mulher e casal estaria feliz em se casar, mas não eu. Não nas condições que me foram impostas por minha família e meu querido noivo.
E por falar nele, ele é até gato, milionário, mas não o amo. Claro que também ele não me ama, já que horas atrás o peguei em um dos quartos da maldita mansão em que nos casaríamos transando com a minha prima Juliete.
Um dos meus objetivos, é me casar por amor, mas...
Eu sei, você deve estar se perguntando o porque eu iria me casar com ele, mas vou te dizer o mesmo que ele me disse quando contestei pela quebra de uma das regras do nosso contrato, já que amor é o que não nos une, que era lealdade e fidelidade.
“Luana, isso é apenas um casamento de negócios". Kkkkk, tá eu sei. Você também está rindo da cara que estou fazendo imitando o jeito tosco dele de falar, mas foi assim mesmo que ele disse.
Peraí, deixa agora eu recuperar o ar aqui embaixo dessa amoreira. Falar com você enquanto corria me deixou cansada. Nossa, nunca imaginei ficar assim com tamanha falta de ar por correr tanto.
- Senhorita Bilbord! Senhorita Bilbord! - Marcel não desiste mesmo.
Xiiii, preciso voltar a correr. Marcel está quase se aproximando com mais homens. É hora de dar no pé. Mas o vestido não tá ajudando muito.
Caramba, tenho que dar um jeito no meu vestido, mas agora não é hora pra isso.
Ei, não me olha assim. Eu sei que você quer saber maiores detalhes e eu vou te contar, mas espera eu estar em um lugar mais seguro que com certeza você saberá de tudo.
Não se preocupe que não te colocarei em nenhuma enrascada, pode apostar.
Se o meu noivo quiser casar, que case mais não comigo. Minha prima Juliete vai fazer de bom grado isso eu tenho certeza já que a cretina sempre quis tudo que eu tenho.
Já que você me acompanha, vamos pegar aquele táxi que está parando perto dessa mansão.
Vem, anda logo, vamos.
- O quê! Mas... – O senhor me olha espantado, com certeza acha que está vendo um fantasma. Mas fazer o que se eu pareço a noiva cadáver, descabelada, amarrotada e toda borrada.
- Vamos moço me tira daqui logo, anda.
Vejo o senhor me olhar sem entender e quando ele vê o batalhão de homens vindo em nossa direção parecendo o MIB – Homens de Preto, ele pisa fundo e sai arrancando seu táxi.
- Kkkkk. – Não sei porque estou rindo mas ultimamente eu faço rir, mesmo que minha história seja pra chorar.
Mas, ele dando no pé e vendo a cara de tacho do Marcel, nem em mil anos, superará essa cena impagável.
O homem que até então só tinha visto de relance me olha pelo espelho e sorri. Acho que até ele sente a adrenalina percorrer e com isso tem a mesma crise que a minha.
- Para onde vamos senhorita?
- Vamos para xxxxxx sabe onde fica?
- Sei sim, senhora. Teve um dia difícil?
- Oh se tive. Ia me casar sabe. Mas aí peguei o noivo em maus lençóis.
Ele me olha com um certo pesar, mas percebe que eu nem ligo. Mas de fato não ligo mesmo.
- Hum, entendo.
Eu dei de ombros e sei que o pobre taxista percebeu que eu não queria conversa e se calou. A verdade é que eu não quero mesmo conversar pelo menos não agora. Minha sorte que comprei esse apartamento que nem meu pai sabe que o tenho e isso é muito bom. Posso ficar lá sem ninguém me encontrar.
Fico olhando a paisagem, os carros e as pessoas que passam lá fora. Quem diria que eu teria essa coragem de fugir do meu próprio casamento. Deveria ganhar um prêmio por isso. Mas, se bem que, eu fazer isso, pode deixar meu pai em maus lençóis, mas não tô com cabeça pra pensar agora nisso.
- Chegamos senhorita.
- Ah, obrigada. Nem vi o tempo passar. Quanto o devo?
- Dessa vez não vou cobrar moça, já que estava vindo pra esses lados mesmo.
- Nossa, muito obrigada mesmo, senhor?
- Elias moça. Meu nome é Elias Dante.
- Tudo bem senhor Elias. Obrigada mais uma vez.
- Até a próxima.
Saio do táxi e assim que caminho mais alguns passos, o porteiro vem correndo em minha direção. Deve ter pensado o mesmo que o taxista. Que sou uma louca. Rio internamente, pois ele me olha assustado. Sabe, é até divertido ver como me olham assim como você, que nem me conhece e nem sabe da minha história é já me olha assim com essa cara de piedade.
- Senhorita Billes, está tudo bem?
- Sim Javier. Está tudo bem. Vou subir está bem.
- Oh me desculpe. Claro senhorita.
Ei, porque está me olhando assim? Ah, já sei. É porque ele me chamou de Billes e não Bilbord. Pois é, eu dei o sobrenome da minha mãe de solteira.
Pronto, chegamos ao meu apartamento. Vou pegar a chave aqui no vaso. Não se preocupe, é somente a chave reserva. Mas vem, prontinho. Entra, fica a vontade.
Bom, vou tomar um banho e já volto para conversarmos. Vou te contar tudo o que quer saber. Sei que está curioso, ou será curiosa? Bem, não importa, se você está aqui, é porque quer saber da minha história e eu vou te contar. Só preciso primeiro de um belo banho e tirar esse vestido pesado.
Uma hora depois...
Prontinho. Voltei. Nossa, o banho me revigorou, e acho que agora está na hora de te contar. Então vamos lá.
NOTAS DA AUTORA:
AMORES, ESTOU DE VOLTA! EIS QUE MAIS UMA OBRA DA MINHA AUTORIA QUE AGORA ESTARÁ AQUI PARA VOCÊS. NÃO DEIXEM DE ME SEGUIR NO MEU IG @abruxaestasolta PARA FICAR POR DENTRO DAS NOVIDADES. BEIJOS!