PRÓLOGO
Era quase meia-noite, o céu noturno era pitoresco, a pálida lua crescente brilhava como uma garra prateada no céu noturno.
Eu olhava para meus pais com os olhos cheios de lágrimas. Não sabia o que estava acontecendo. Eu tinha apenas doze anos.
"Falhou como o alpha da Alcateia da Lua Azul. Traiu a alcateia, e deve ser executado," disse Sebastian, marido da minha tia, ao meu pai, e os lobisomens da nossa alcateia uivaram em concordância.
"Que a execução comece," disse o líder da nossa comunidade.
A mãe de Romy, amiga minha, veio me tirar dali, mas foi impedida pela minha tia Júlia.
"Isso não é da sua conta. Ela não tem relação nenhuma contigo," ouvi Júlia dizer a ela.
"Ela é apenas uma criança. Como pode fazê-la assistir à morte dos pais?" A mãe da minha amiga disse a Julia.
Júlia segurou minhas mãos com força. "Eu sou agora a Luna desta alcateia, e você não vai desobedecer minhas ordens. Ela tem que assistir para ver como os traidores são punidos, para não tentar se tornar um," disse minha tia, e a mãe da minha amiga recuou.
O carrasco ergueu sua espada prateada para a lua e a usou para cortar a cabeça do meu pai, e a cabeça dele rolou no chão. Meu pequeno corpo estava tumultuado; eu estava chocada e assustada. Eu pude ver o sorriso triunfante no rosto de Júlia.
"Eu te amo," foram as últimas palavras que ouvi da minha mãe para mim antes de sua cabeça vir rolando pelo chão onde eu estava.
Tudo era como um sonho para mim. Minha visão ficou embaçada, e desabei devido ao choque extremo.
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Acordei imediatamente, coberta de suor. Minhas mãos alcançaram a jarra, e eu me servi água no copo e a engoli imediatamente, inspirando e expirando. Este sonho tem me assombrado todas as noites. Testemunhar a morte dos meus pais me transformou numa pessoa fraca. Eu tinha medo de tudo ao meu redor.
Minha tia não estava ajudando em nada. Ela não deixava de me lembrar que meus pais eram traidores e que eu seria morta como eles também se eu me tornasse uma, mas no fundo de mim, eu sabia que meus pais eram inocentes. Eu conhecia bem meus pais e os admirava. Desde que meus pais morreram, a vida tem sido um inferno para mim na casa da minha tia.
O único dia que eu esperava pela minha liberdade era o dia em que eu faria dezoito anos, o dia em que encontraria meu companheiro, que seria dois dias depois.
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O dia finalmente chegou. Era a cerimônia de acasalamento, o momento para os adolescentes encontrarem seus respectivos companheiros. Este dia era um dia de alegria para todas as jovens. Eu estava muito feliz naquele dia, me preparando para a ocasião. Limpei a casa mais cedo e fiz todas as tarefas domésticas para que minha tia não encontrasse um motivo para me impedir de comparecer à cerimônia.
"Por que você está tão feliz hoje?" Inès, a filha da minha tia que tem a mesma idade que eu, perguntou-me. Eu a ignorei. Eu não tinha tempo para ela. Ela e minha tia estavam sempre procurando maneiras de me provocar.
"Você acredita que encontrar seu companheiro hoje finalmente te salvará de nós. E se seu companheiro for feio e não for um Alfa?" ela disse, rindo. "Aposto que o companheiro dela também será um ômega como ela, de sangue baixo," sua mãe adicionou, descendo as escadas.
"Não me importo com a identidade ou status do meu companheiro. O que importa é que eu o achei, e ele também me ama," eu respondi a elas.
"E o que te faz tão segura de que será amada? Não se engane, menina. Você nunca será amada. Você está amaldiçoada," Inès comentou, e as lágrimas escorriam livremente dos meus olhos.
"Podem dizer o que quiserem. Eu vou sair daqui," eu disse, deixando a presença delas.
POV da terceira pessoa:
Julia, sua tia, zombou. "Olha para ela, agindo toda ousada e poderosa porque ela pensa estar saindo daqui hoje, aposto que o companheiro dela rejeitaria uma rejeitada como ela. Ninguém em seu juízo perfeito gostaria de ficar junto com a filha de um traidor," Julia disse à sua filha, que não respondeu. Ela olhou para a filha e percebeu que ela estava chorando. "Ei, baby, o que há de errado com você? Por que está chorando?" ela perguntou a Inès.
"Estou com medo, mãe. Estou com medo," ela respondeu, chorando profusamente. "Medo de quê, minha filha? Hoje deveria ser uma ocasião feliz para você," Julia perguntou, secando suas lágrimas com seu lenço.
"Eu não quero perder o Owen. Eu o amo. E se ele não for meu companheiro? Então, ele estará fora da minha vida para sempre. Não quero perdê-lo. Estou com medo," ela disse com lágrimas nos olhos.
"Calma, querida. Você não vai perder ele. Se ele te ama como disse, ele rejeitaria sua companheira por você. Isso não é um problema, então pare de chorar," Julia disse, abraçando-a. "Obrigada, Mãe," Inès falou, abraçando-a de volta.
"Boa menina, essa é a minha menininha. Agora, vá e se prepare para a ocasião e certifique-se de estar linda para o seu futuro Alfa, Owen," disse a mãe dela, soltando-se do abraço. Inès corou com as palavras dela. "Ok, Mamãe, vou me preparar," ela disse e correu para se arrumar.
Owen é filho do Alfa mais poderoso. Ele era o próximo na linha para se tornar o Alfa. A alcateia dele era a mais poderosa. Muitos Alfas queriam que o
a
filho
a
deles fosse o
a
sortudo
a
para se tornar o companheiro de Owen. Inès era a namorada de Owen. Muitas meninas a invejavam. Ela agia de maneira arrogante na escola de ensino médio que frequentavam porque sabia que ninguém se atreveria a mexer com ela, pois ela era a namorada de Owen e também a filha de um Alfa.
Muitas garotas rezavam fervorosamente para serem a companheira de Owen na cerimônia de acasalamento.
PONTO DE VISTA DE AURORA:
"Oh, minha menina, você está tão linda," Romy, minha melhor amiga, me disse.
"Sério, você tem certeza?" Perguntei, insegura de mim mesma porque as roupas que eu estava usando eram minhas roupas velhas. "Sim, querida, você é sempre uma beleza natural, mesmo se as roupas que usa são trapos. Já te disse inúmeras vezes para usar meu vestido para esta cerimônia, mas você continua recusando," ela disse.
"Não quero ser um incômodo para você e além disso, quero que meu companheiro me ame pelo que sou e não pelo vestido que uso. Estou satisfeita com o pouco que tenho," eu disse a ela, e ela concordou com a cabeça. "Como quiser, menina," ela me disse. "Você também está linda", eu disse a ela, e ela corou. "Eu me pergunto quem é o meu companheiro. Quem serão nossos companheiros?" ela me disse, e eu sorri para ela.
Romy é minha amiga de infância e melhor amiga. Nós éramos como irmãs. Ela sempre esteve comigo desde que meu pesadelo começou. Ela é filha do gama do meu pai. Quando meu tio se tornou o Alfa, ele demitiu o pai dela como gama porque ele era próximo do meu pai.
Meu nome é Inaya Aubert, mas meus amigos me chamam de naya. Quando digo amigos, quero dizer minha melhor amiga Romy e meu amigo especial Lucas, o filho de um beta. Eles eram os únicos amigos que eu tinha. Sou única filha dos meus falecidos pais. Eu frequento a Escola Secundária Polar, a única escola secundária em nossa comunidade onde os lobisomens residem. Nesta comunidade, ela era dividida em muitas alcateias. A alcateia mais poderosa era a de Owen King.
Nossa alcateia também era a segunda mais poderosa de nossa comunidade.
Meus pais eram o ex-Alfa e a ex-Luna da nossa alcateia. Eles foram acusados de traição à alcateia e foram mortos a sangue frio. Isso aconteceu quando eu tinha 12 anos. Após a morte deles, o marido da minha tia se tornou o Alfa da nossa alcateia. Fui rebaixada ao status de ômega. Eu vivi com eles como uma empregada, fazendo todos os trabalhos domésticos, enquanto Inès, a filha deles, não fazia nada além de comer, dormir e tornar a minha vida miserável.
Sempre esperei pelo dia em que a cerimônia de acasalamento acontecesse para que meu companheiro me libertasse, e meu sonho finalmente se tornou realidade. Depois de tantos anos, depois de enfrentar tantas dificuldades, o dia finalmente chegou para eu ser libertada.
Sorri, olhando para o céu. "Meu sonho finalmente se realizou. O dia em que serei libertada das mãos da minha tia," eu disse, e Romy me abraçou. "Vamos, menina, não me faça chorar. Vamos embora antes que fiquemos atrasadas," ela me disse. "Mal posso esperar", eu disse a ela, e nós seguramos as mãos e saímos para a cerimônia de acasalamento.
