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A Princesa da Máfia - Eloá Lombardi

A Princesa da Máfia - Eloá Lombardi

Autor: Naira Sofia

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Gângster/Máfia

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Introdução

Instagram/ @autora_nairasousa Eloá Lombardi, herdeira de uma das famílias mais poderosas da máfia, vê sua vida mudar quando Dante Rossetti retorna. Apaixonado à primeira vista, ele se torna peça-chave em um acordo entre seus pais. Em um mundo de alianças e traições, Dante Rossetti, cria obsessão por Eloá e não deixa nenhum homem se aproximar, deixando-se conduzir por sua paixão. Mas nem tudo na máfia, é que parece ser. Ambos enfrentaram muitos obstáculos e medo. Será que o amor verdadeiro, poderá vencer?
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Chapter 1

SARA HUSTON,

Minha jornada começa de uma maneira única, diferente de todas as histórias que vocês já devem ter ouvido por aí.

Eu costumava brincar com minhas amigas sobre minha falta de sorte no amor, e de fato, ela nunca foi minha aliada. Eu morava em Paris, mas decidi embarcar para Londres quando minha família insistiu em me afastar de Kaio, um jovem aventureiro por quem eu estava profundamente apaixonada. Infelizmente, minha família e os pais de Kaio não se davam bem, o que tornava nossa relação um desafio.

— Em Londres, já me considerava uma residente de longa data, oito anos se passaram desde minha chegada. Cuidei de meus pais até que a vida os levou.

Minha amiga Milena me convidou para uma extravagante festa de aniversário de um amigo, ela era daquelas que conheciam todos os cantos de Londres e todas as almas que habitavam a cidade. Milena era uma amiga leal, sempre presente nos momentos que mais precisava.

Ela praticamente me arrastou para fora de casa, enquanto eu estava confortavelmente no sofá, desfrutando de um chocolate quente e assistindo a um filme romântico que fazia com que lágrimas caíssem como chuva. Sim, sou dessas, que se emocionam profundamente com uma boa história de amor.

— "Pronta! Vamos antes que eu mude de ideia, Milena", eu disse, passando na frente dela.

— "Você vai adorar, meus amigos são incríveis. Quem sabe você não conhece alguém especial esta noite?", Milena disse, cheia de animação.

Entramos no carro dela e nos dirigimos à festa. Ao chegarmos lá, deparamos com uma multidão animada, dançando e aproveitando a noite. Parecia mais uma celebração fervorosa do que uma festa de aniversário comum.

— "Seu amigo é bem conhecido, hein? Parece que toda Londres está aqui", comentei enquanto Milena me arrastava para dentro.

— "Meu amigo é uma celebridade global, um artista talentoso, tanto em pintura quanto em escultura", ela respondeu, fazendo uma pausa no bar para pedirmos alguns copos de tequila. Viramos os copos na boca, repetindo o gesto várias vezes. "Vamos dançar, amiga, esta noite é nossa!", Milena exclamou animadamente.

E lá estávamos nós, dançando no meio da agitação. Milena rapidamente encontrou um par para dançar, e eu simplesmente não conseguia parar de rir com sua desenvoltura desajeitada. Estávamos completamente embriagadas. Até que senti mãos fortes em minha cintura. Virei-me para encarar o dono daquelas mãos e fui hipnotizada por um par de olhos azuis.

— "Boa noite. Posso ser seu par esta noite?", ele perguntou.

— "Claro. Na verdade, eu não estava acompanhada", respondi enquanto ele sorria para mim.

Passamos horas conversando, nos divertindo, e saímos para explorar a noite juntos. O que começou como um par temporário naquela noite se transformou em um noivado, e agora estamos celebrando dois anos juntos.

Aqui estou eu em meu quarto, vestida com um lindo vestido de noiva, enquanto Milena prepara minha maquiagem.

— "Você tem muita sorte, amiga. Eu disse que o Vinícius é um homem maravilhoso, e não é apenas porque é meu amigo", Milena comentou enquanto aplicava o blush em minhas bochechas.

Ela estava certa. Vinícius é um homem incrível, carinhoso e dedicado. Sempre que chegava em casa, ele me surpreendia com presentes.

— "Pronta, terminei. Agora vamos, porque do jeito que o Vinícius é, pode até pensar que você o deixou plantado no altar, já que está atrasada", Milena disse, olhando para o relógio.

Eu estava nervosa, mas quem não ficaria nessas horas? Entramos no carro e nos dirigimos para a igreja. Milena segurava minhas mãos para me acalmar, mas meu coração batia freneticamente no peito, contando os minutos para me tornar a esposa daquele homem que amo.

O carro parou na frente da igreja. Saí com determinação, enquanto Milena me ajeitava. Ficamos ali, paradas na porta do carro, observando as pessoas reunidas. Estavam apreensivas, conversando entre si. Assim que nos viram, ficaram em silêncio.

— "O que está acontecendo, Milena? O Vinícius ainda não chegou? Por que essas pessoas estão do lado de fora e não dentro da igreja?", perguntei, com um sorriso nervoso no rosto.

— "Calma, amiga. Fica aqui que eu vou lá descobrir, tá? Calma", ela pediu, saindo em direção às pessoas.

Fiquei ali, esperando, soltando o ar pesado que eu prendia. Até que a impaciência tomou conta de mim. Caminhei até onde estava dona Maria, a quem considerava como uma tia. Milena estava conversando com ela, enquanto me observava se aproximar.

— "O que aconteceu, minha gente? Por favor, onde está o Vinícius?"

— "Amiga, calma. Não quero que você faça besteira", Milena disse.

— "Calma é um caralho! Faz horas que você me pede para ter calma e não fala o que está acontecendo", disse desesperada.

— "Aconteceu um acidente com o Vinícius quando ele vinha pra cá. E ele... Ele... Ele faleceu", Milena disse com dificuldade, chorando.

Meu mundo desabou. As flores caíram de minhas mãos. O mundo à minha volta parecia vazio. O frio tomou conta do meu corpo, enquanto lágrimas quentes escorriam pelo meu rosto.

— "Não, Vinícius", chorei, correndo de volta para o carro. Entrei e pedi para o motorista me levar até o hospital, enquanto Milena corria atrás de mim. O carro partiu rapidamente.

Ao chegarmos ao hospital,eu saí praticamente correndo para dentro do prédio. Parei na recepção e disse o nome dele. A recepcionista olhou no computador e disse que o corpo estava no IML. Em seguida, ela chamou um rapaz responsável por aquela área, que me acompanhou até lá.

Pisei naquela sala fria, e lá estava o homem que amei durante dois anos, coberto por um lençol, seu corpo inerte sobre uma maca.

— "Não, por que você me deixou? Por que, Vinícius?", chorei sobre o corpo sem vida.

O homem que me acompanhava se aproximou e retirou um pouco do lençol, o suficiente para que eu visse o rosto machucado pelo acidente.

— "Ele faleceu devido a um traumatismo craniano. No momento do acidente, ele bateu a cabeça com muita força no volante do carro", aquele homem explicou.

Eu mal ouvia o que ele dizia. Minha dor era avassaladora. Tinha vontade de arrancar meu próprio coração, para não sentir mais essa dor.

— "Eu te amo, Vinícius Escotte. Não esqueça disso, onde quer que esteja. Hoje deveria ter sido o dia mais feliz da minha vida, meu amor, mas agora se tornou um tormento", chorei. Senti mãos me abraçarem.

— "Vamos, amiga. Não faz bem ficar aqui", Milena me abraçou.

Com muito esforço, saímos dali. Voltamos para casa. A família de Vinícius cuidou de tudo e eu mal pude colocar os pés no velório. Estava dopada com remédios.