POV da Clairessa
A noite não podia ser melhor do que essa. Eu acabara de me formar no topo da minha turma em engenharia de software e consegui o emprego dos meus sonhos na Storm Innovations, a empresa do pai do meu namorado, Adrian. Tudo na minha vida finalmente estava caindo nos eixos, exatamente como eu sempre imaginei. Enquanto estava do lado de fora do apartamento do Adrian, segurando uma garrafa de champanhe, estava ansiosa para compartilhar minha boa notícia e celebrar com ele a noite toda. Mas meu entusiasmo se transformou em desconforto quando encontrei a porta destrancada. Adrian sempre foi cuidadoso com a segurança, então isso me pareceu estranho.
"Adrian?" chamei quando entrei.
Silêncio. Isso não era o que eu esperava. Meu coração acelerou um pouco enquanto eu caminhava pelo corredor em direção ao quarto dele. Vozes abafadas chegaram aos meus ouvidos, e eu congelei do lado de fora da porta.
Os gemidos suaves de uma mulher seguidos pela voz profunda do Adrian.
"Você gosta disso, baby..." ele perguntava, com a voz baixa e animal, algo que mal reconheci.
Meu coração afundou. A dor me consumiu quando abri a porta, esperando que não fosse verdade.
Mas lá estavam eles - Adrian deitado em cima de uma mulher, transando loucamente. As unhas vermelhas dela cravadas em suas costas enquanto se moviam juntos.
Eu não consegui ver claramente o rosto dela, apenas flashes do seu cabelo vermelho. Eu assisti horrorizada enquanto ambos gemiam apaixonadamente.
A cena tirou o fôlego dos meus pulmões, e a garrafa de champanhe escorregou da minha mão, caindo no chão. O som ecoou pelo quarto, capturando a atenção deles.
"Clairessa!" A voz do Adrian estava cheia de choque. Ele se levantou da cama, mas eu não conseguia nem suportar olhar para ele. Meu mundo inteiro estava desmoronando bem na minha frente, e eu tinha que sair.
Sem dizer uma palavra, eu corri. Seus apelos desesperados me seguiam enquanto eu descia as escadas correndo. Lágrimas turvavam minha visão, mas eu não parei. Não podia deixar que ele visse o quanto eu estava destruída.
Não percebi para onde estava indo até me ver parada na porta da minha melhor amiga, Jessica. Minhas mãos tremiam enquanto eu batia na porta. Quando ela abriu, sua expressão preocupada foi tudo o que precisei para desabar completamente.
"Clairessa, o que aconteceu?" ela perguntou, me puxando para dentro e me envolvendo num abraço apertado.
"Ele... Adrian... eu flagrei ele transando com outra mulher," consegui dizer, com a voz falhando. Falar em voz alta tornou tudo mais real, e a dor se tornou insuportável.
A expressão de Jessica se escureceu, mas ela não parecia surpresa. “Aquele desgraçado,” ela murmurou. “Sinto muito, Clairessa. Você não precisava ver aquilo."
"Eu achava que ele me amava. Eu construí todo o meu mundo em torno dele", chorei, sentindo-me completamente despedaçada. "Não sei o que fazer agora."
“O que a gente não vai fazer é ficar aqui chorando por causa dele. Você sempre mereceu mais que esse arrogante”, Jessica disse firmemente, sua natureza selvagem e livre despertando. “Vamos sair, encher a cara, festar a noite toda e talvez você conheça alguém que realmente te merece.”
Sacudi a cabeça. “Não quero mais ninguém”, chorei ainda mais. “Por que ele teve que enganar? Por que não podíamos simplesmente ser felizes?”
“Não sei, Claire,” ela suspirou, passando a mão pelo meu cabelo gentilmente. “Ninguém nunca descobriu por que os homens traem. Eles arruinam uma boa coisa porque lhes falta disciplina e autocontrole.”
"O que eu faço com toda essa dor?" Perguntei, meu peito apertava enquanto a segurava mais forte, precisando de todo o conforto que podia ter.
“Primeiro, pare de chorar por aquele idiota que provavelmente já voltou para ela”, ela disse, levantando meu rosto manchado de lágrimas para encontrar os olhos dela. “Pela primeira vez na sua vida, Clairessa Hartwood, você vai sair para festar a noite toda. Sem regras. Sem moral. Apenas você, fazendo o que bem entender.”
Hesitei, mas uma onda de raiva me invadiu enquanto enxugava as lágrimas. Jess estava certa. Eu merecia mais do que ficar aqui com o coração partido por um perdedor. “Estou pronta,” eu finalmente disse, precisando de algo—qualquer coisa—para anestesiar a dor.
Ótimo! Vamos transformar você em uma gata incrível para a noite. Jessica sorriu. “Estou pensando no bar local da 4ª Rua—é conhecido por ter uns caras bonitões," ela disse, enrolando mechas do meu cabelo entre seus dedos.
"Não, eu quero ir àquele clube que você sempre fala—o clube privado dos bilionários", disse, sentindo vingança. Eu queria machucar Adrian como ele me machucou.
Os olhos de Jessica se arregalaram. “Claire, esse não é o seu lugar. É intenso, selvagem... não é a sua cara.”
“Talvez deva ser”, sussurrei, enxugando as últimas lágrimas. “Cansei de ser a boa menina. Eu quero sentir algo—qualquer coisa—além dessa dor.”
Jessica me estudou por um momento. “Tem certeza? Sempre quis que você vivesse no limite como eu, mas não quero te empurrar além da conta. Não quero que você tenha nenhum arrependimento.”
“Eu estou pronta,” eu estava determinada a me livrar da antiga versão de mim que estava sempre machucada e quebrada.
Jessica acenou com a cabeça. “Tudo bem, vamos te arrumar.”
Não demorou muito para Jessica me transformar em alguém que eu mal reconhecia. A inocente e obediente Clairessa se foi. Ela me vestiu com um curto e apertado vestido preto que tinha o decote perfeito para revelar meus seios empinados sem exageros. Os lados eram laçados com veludo vermelho que grudou em meu corpo, parando logo acima da minha coxa. Minha maquiagem era esfumaçada e ousada, e meu cabelo caia em ondas soltas.
A velha eu nunca teria usado algo assim, mas a mulher que me encarava de volta no espelho era audaciosa, destemida—alguém que nunca mais deixaria um homem machucá-la novamente.
