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Casamento Forçado

Casamento Forçado

Autor: Sandymary

Concluído

Bilionário

Casamento Forçado PDF Free Download

Introdução

Uma tradição, uma maldição, um casamento. Amy Thompson, é uma jovem de 28 anos, é rica, tem o emprego dos seus sonhos, amigos fiéis e verdadeiros. É órfã de mãe, mas o pai nunca lhe faltou. Sabe desde pequena que a sua familia tem a tradição de fazer contratos de casamento aos seus filhos, ficam prometidos desde tenra idade e têm que cumprir senão existe uma maldição terrível que cairá nas suas vidas. O pai só lhe dizia para não arranjar namorado para casar porque estava prometida a um bom rapaz, mas tudo sempre foi dito em modo de brincadeira, então ela nunca ligou muito a esse assunto, não pretendia casar mesmo, pelo menos tão cedo, queria viver para o seu trabalho. Alexander Harrison, tem 29 anos, rico, solteiro, lindo de fazer inveja, tem as mulheres que quer, mas sabe desde sempre que não pode casar com nenhuma, ao contrário de Amy, os seus pais sempre o colocaram a par do que se passava, sendo esse um assunto sério quando era falado. Quando finalmente se conhecem, é terrível, eles detestam-se, passam a vida a chamar nomes um ao outro e não se conseguem entender. Mas com o passar do tempo, eles vão começar a sentir sensações que não estavam à espera. Eles têm que casar antes de Alexander fazer 30 anos, se não casarem a maldição faz com que ele morra e logo a seguir a Amy que faz os 30 anos depois. Uma corrida contra o tempo e contra a vontade de casar vai os perseguir.
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Chapter 1

CASAMENTO FORÇADO

O Amor aparece sem avisar

Este livro é unicamente da minha autoria.

PLÁGIO É CRIME. PDF TAMBÉM.

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Capítulo 1

20 anos atrás

Kensington, Londres, Inverno de 1997

Estava uma tempestade lá fora, a chuva batia no chão com tanta força que parecia que saía fumo, o vento era de gelar os ossos em segundos, estavam em pleno mês de Janeiro e o frio era intenso demais.

O Dr. Stuart tinha sido chamado às pressas, a casa dos Thompsons. Mal tinha entrado na enorme casa, uma empregada levou-o imediatamente ao quarto dos senhores da casa.

O Dr. Stuart já sabia bem porque tinha sido chamado e como acabaria aquilo.

Entrou no quarto em passos apressados e viu a Sra.Olívia, pior do que a tinha deixado pela manhã, estava com uma respiração ofegante.

Ela tinha apanhado uma pneumonia e estava praticamente no fim, já não tinha salvação.

Era uma pena, uma senhora tão distinta como ela era e tão nova.

Lá dentro, estava o seu marido, o Sr. George Thompson, um casal amigo, os Harrison e o advogado da família, que estava com cara de poucos amigos.

Quando entrou, foi imediatamente auscultar a Sra Thompson, estava mal, estava muito mal.

O advogado entregou-lhe um documento, não parecia estar mesmo nada contente com o que tinha acabado de entregar à Sra Olívia.

Charles: -Continuo a dizer que isto é uma parvoíce - disse mal humorado cruzando os braços

A Sra. Thompson assinou a muito custo, a seguir assinou o seu marido e por fim o casal Harrison.

Grace: -É tradição Charles - disse a Sra. Harrison enquanto assinava - não sejas mal humorado!

Charles: -Tradição, tradição - bufou o advogado - isso era bom com os nossos antepassados, estamos quase no século XX, por favor.

George: -A tradição das nossas famílias será assim até não haver mais Thompson's e Harrison's, sabes perfeitamente disso. - disse o Sr. George Thompson aborrecido. - E além do mais, sabes bem o que aconteceu com a minha prima Isabella e com o tio do James, o Richard, não cumpriram a tradição e a maldição caiu sobre as suas cabeças. Pobres diabos teimosos.

Charles: -Ahh por favor, isso foi uma infeliz coincidência - retrucou o advogado.

James: -Coincidências ou não, não vamos arriscar. O contrato está assinado e carimbado, já não podem fugir ao seu destino. - finalizou James Harrison.

A Sra. Thompson morreu naquela noite.

20 anos depois

Kensington, Londres, Outono de 2017

A festa

Narrado por Amy

Apesar de estar frio, dentro da biblioteca está bem quentinho, a lareira crepita alegremente.

Os ruídos das pessoas a chegar para a festa, começam a fazer-se ouvir no grande salão.

A porta da biblioteca abre de rompante de par em par.

Nani: -Amy!!! - grita a minha ama - o que está aqui a fazer ainda? Oh deus amado, e nem vestida está? - censura com as mãos nas ancas.

Amy: -Esperava que se esquecessem de mim - digo sem tirar os olhos do livro que estou a ler.

Nani: -Que parvoíces está a menina para aí a dizer - ela ralha - e alguém algum dia se vai esquecer de si minha pequena flor - chega-se perto de mim e afaga-me o cabelo.

Nani é a minha ama desde sempre, ajudou-me a nascer, criou-me e deu-me todo o seu amor.

Nani: -Vá, vamos despachar - diz a Nani a apressar-me - sabe bem que o senhor seu pai não gosta que se atrase para as festas.

"O pai e as suas festas" - penso ao fazer uma careta.

Amy: -Nem sei porque ele insiste em fazer estas festas! - digo aborrecida, colocando o livro de volta na estante.

Nani: -Sabe bem que foi o desejo da senhora sua mãe. Que Deus a tenha sobre o seu manto dourado - benzeu-se.

A minha mãe morreu faz 20 anos no próximo inverno, eu tinha 4 anos, tinha apanhado um resfriado que depressa se tornou numa pneumonia.

Sofri muito com a partida abrupta da minha mãe, mas a Nani e o meu pai nunca deixaram que nada me faltasse, muito menos amor.

Amy: -O que a minha mãe estaria a pensar, para deixar um desejo desses? - pergunto, esticando as minhas mãos para a lareira para as aquecer.

Nani: -A senhora sua mãe adorava festas, bailes, toda a gente bem vestida, os copos de cristal a tilintar - Nani estava perdida no passado - a sua mãe era uma excelente anfitriã e uma ótima dançarina - riu alto - mas vamos, chega de conversa que não me apetece ouvir o sermão habitual do senhor seu pai - ela diz, me empurrando para fora da biblioteca.

Eu saio da biblioteca a contragosto, subo a grande escadaria e pelo enorme vidro que acompanha a escada, vejo os imensos carros que já estão estacionados no enorme parque.

Resmungo qualquer coisa e continuo a subir.

Entro no quarto, e já lá está a minha Nani.

Amy: -Mas tu vieste a voar? - digo admirada.

Nani - Se fosse uma bruxa podia ter vindo - brinca ela rindo - olhe que lindo vestido que aqui tem - sorriu ao levantar o vestido preto com forro beje de alças, com decote em bico com flores de várias cores no busto, as pontas do vestido era todo aos bicos e todo ele coberto com linda renda. É realmente magnífico.

Nani ajudou-me a vestir e fez-me um rabo de cavalo meio desmanchado no meu cabelo loiro, depois eu maquilhei-me, nada de extravagante, pouco blush, uma sombra discreta nos meus olhos verdes e um batom cor de vinho que realça a minha pele branca, coloco uns brincos compridos e calço umas sandálias de tiras pretas para finalizar.

Nani coloca as duas mãos nas suas próprias bochechas e abre a boca.

Nani - Menina, como está linda - ela diz.

Eu ri, a Nani é sempre tão exagerada e engraçada.

Amy - O meu pai disse que hoje tinha que estar especialmente impecável - digo aborrecida - espero que não ande a tramar nada.

Nani baixa a cabeça e mexe sem jeito no seu avental sempre impecavelmente branco.

Amy - Nani - chamo - o que o meu pai anda a tramar?

Nani - Ai menina, não sei de nada - ajeita o gancho nos seus cabelos negros,os seus olhos cor de azeitona brilhavam mais que o habitual.

Nani - Vá - começa de novo a empurrar-me, agora, para fora do quarto - já está atrasada.

Mas que mal educado

Narrado por Amy

Ao chegar perto do grande salão, o barulho incomodou-me e decidi então não entrar já, em vez disso fui para o jardim. Respiro fundo, adoro este cheiro que exala das flores, o campo a perder de vista, as belas árvores de frutos que temos por toda a propriedade. Lá ao fundo vê-se o estábulo e ainda um pouco mais longe vê-se o ribeiro que passa ligeiro e sempre cheio de pressa. Afasto-me um pouco e olho para a enorme mansão à minha frente, foi aqui que nasci, foi aqui que fui criada, foi aqui que a minha querida mãe morreu.

Abaixo os olhos e uma lágrima cai. Volto a olhar para cima e limpo com cuidado o meu rosto. Decido andar um pouco, mas as minhas sandálias de salto fino enterram-se na terra, tiro-as e levo-as na mão, ahh, assim está melhor.

Ao chegar perto de uma macieira, vejo que as maçãs já estão boas para apanhar, sorri e estico-me, mas não chego lá.

Olho para a maçã e digo:

-Não penses que não te vou buscar - ri para mim mesma por estar a falar com a maçã, maluca kkk.

Subo um pouco a árvore mas o vestido tira-me os habituais movimentos, costumo fazer isto, mas com roupa normal.

Ao esticar-me um pouco mais, ouço uma voz que me assusta e me faz cair.

-O que está aí a fazer pendurada como uma macaca? - diz a voz parecendo uma trovoada.

Ao cair, bato com o rabo no chão e o meu vestido sobe bem acima dos meus joelhos. Caída no chão com as pernas à mostra e descalça, estou numa bonita figura.

O homem à minha frente pega na maçã que tinha caído também.

É bem alto, uns bons 1,90 cm, cabelo castanho claro e tem olhos verdes, é bonito, muito bonito, ai merda, bonito demais.

Eu levanto-me rapidamente e ajeito o meu vestido e os meus cabelos.

Amy - Foi preciso assustar-me dessa maneira? - digo ao arrancar-lhe a maçã das mãos.

-Sabia lá que se ia assustar - diz o homem - estava para ali pendurada.

Amy - E chamou-me macaca - digo indignada - que falta de educação.

Ele olha para mim com ar reprovador.

-Falta de educação tem a menina - diz zangado - onde já se viu andar por aí pendurada nas árvores!

Aquele homem está a tirar-me do sério.

Amy - Você é muito mal educado isso sim - começo a afastar-me daquele parvo. Quem ele pensa que é, para falar comigo daquele jeito? Petulante é o que ele é.

Já no jardim, sacudo o pó dos pés e volto a calçar os sandálias de salto alto e dirijo-me finalmente para a festa.