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Não quero ser a Luna

Não quero ser a Luna

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Lobisomem/Vampiro

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Introdução

Fui forçada a me casar com meu companheiro, o Rei Alfa. Mas eu recusei! Como uma loba branca, eu, Bertha, também sou uma nobre Alfa. Embora fosse meu destino casar com ele, eu nunca o conhecia, não sentia nada por ele! Além do mais, ouvi dizer que ele era um tirano extremamente violento. Por isso, escolhi fugir da minha matilha! Fingindo ser uma humana. No entanto, ele me encontrou, me capturou e tentou me conquistar. Achei que ele estava com sangue frio, mas ele me protegeu, me mimou e até me conheceu profundamente. Deusa, que gentil Rei Alfa! Aos poucos, me apaixonei totalmente por ele, mas quando ele me pediu em casamento novamente, tive que rejeitá-lo. Porque eu tinha um segredo obscuro e sujo, que eu nunca poderia contar a ele...
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Chapter 1

Ponto de vista de Bertha.

"Ei, idiota! Você está bebendo todo o leite?" Gritei para Sanchez da cozinha.

"Eu não!" Respondeu ele.

A julgar pela direção e pelo cheiro vindo dele, ele estava na sala de TV.

"Mentiroso! Posso ver sua saliva." Eu disse, revirando os olhos. "Espera só, Sanchez! Vou chutar seu traseiro!" Levantei-me e comecei a seguir até ele.

Esse irmão idiota continua esvaziando a geladeira sozinho. Ainda bem que ele é um lobisomem, senão estaria gordo, pelo que eu me importo.

"Sanchez!"

Ele já estava na janela tentando escapar quando cheguei. Corri até ele e quase peguei sua camisa, mas ele conseguiu pular pela janela com sucesso, deixando-me furiosa.

"Desculpa, maninha! Reunião de Alfa." Ele disse, piscando e correndo. Ah, como odeio meu irmão.

E sim, ele é um Alfa. Alfa da Alcateia Crismom, o que também me faz filha de um Alfa. Desviei o olhar e desci as escadas, mal-humorada, para encontrar Rita, minha melhor amiga.

"Bom dia." Ela me cumprimenta, sorrindo.

"Não é um bom dia." Respondi.

"Oh, por causa do seu irmão, não é?" Ela riu. "Você, mais que ninguém, deveria estar acostumada com o comportamento dele, Bertha."

"Ele tem um comportamento insuportável, não ouse defendê-lo." Exigi.

Ela sorri. "Você o odeia tanto assim?" Disse ela brincado.

"Ah, é? Esqueceu quando ele surtou ao descobrir um menino no meu quarto?"

"Ele estava apenas sendo um típico irmão mais velho." Ela o defendeu, irritando-me.

"Eu tinha apenas 6 anos!"

"Sério? Ele é um irmão superprotetor." Ela disse.

"Você não faz ideia." Eu respondi.

A verdade é que sei porque ele é tão protetor comigo. Nossos pais morreram após o meu nascimento, deixando-nos sem escolha, a não ser sobreviver sem eles. Sim, é difícil viver sem pais que orientem você em tudo, mas acho que para o Sanchez foi ainda mais difícil. Ele tinha um vínculo com a mamãe e o papai. E eu? Não, nem mesmo cheguei a conhecê-los.

Quando tentei investigar a morte deles, porque Sanchez continua me evitando, todos pareciam saber, mas preferem manter segredo, fazendo-me simplesmente desistir. Se não querem me contar, tudo bem.

Caminhamos até a cozinha, onde Rira disse que prepararia o café da manhã para mim em vez de comer cereal, é por isso que a amo tanto. Ela seria uma esposa perfeita.

"Um dia serei capaz de vencer aquele Alfa." Eu disse de repente.

"Adoraria ver isso." Ela disse com um sorriso malicioso.

"Oh! Então agora você está do meu lado? Que traidora." Eu brinquei, também sorrindo maliciosamente.

"Bertha! Modere a linguagem."

"Seja o que for." Eu disse, revirando os olhos.

Ela sempre foi como uma mãe para mim, repreendendo-me sobre tudo, quero dizer, literalmente tudo. Ela até chora por mim, e eu simplesmente não entendo por que ela é tão pura. Talvez seja apenas sorte minha. Os lobisomens são criaturas agressivas, mas ela não é nada disso.

Quando ela terminou de preparar o delicioso café da manhã só para mim, sorri e comecei a comer.

Nossa, isso é muito bom.

"Você deveria ser minha mãe." Eu disse enquanto comia.

"Você está exagerando. Ah, antes que eu esqueça de te entregar." Ela disse, levantando-se e voltando com um papel na mão.

"Pegue."

"O que é isso?" Perguntei, levantando minha sobrancelha.

"Um aviso."

"De quem?"

"Do Alfa, ele disse que só você pode abrir. Você também é um Alfa, você sabe."

"Não quero." Eu disse, devolvendo o papel para ela.

"Por quê?" Ela perguntou, lançando-me um olhar confuso.

"Porque é assunto de Alfa. Não quero me envolver nessas reuniões chatas."

"Só leia, também estou curiosa."

"Por que você não abre, então?"

"Porque…" Ela começou, mas parou, procurando uma resposta. Ela não sabe o que dizer. Bem típico da Rita mesmo.

"Sobre o que é isso?" Perguntei, suspirando profundamente.

"Como eu poderia saber?" Ela respondeu, revirando os olhos para mim.

"Certo." Eu disse, abrindo finalmente a carta que Sanchez havia deixado para mim. Meus olhos percorreram por todo o texto, absorvendo cada palavras em minha mente. Fiquei paralisada ao perceber que a mensagem era para mim.

Era um aviso do Rei Alfa, endereçado a todas as lobas brancas, advertindo-nos agressivamente a não resistir, mas para nos submetermos a ele assim que fosse provado que uma de nós é sua companheira.

Ao terminar de ler a carta, um calafrio de medo percorreu meu corpo. Eles estavam vindo… Por mim. De todas as pessoas, um Rei Alfa?

Por sorte, Rita me segurou antes que eu desabasse no chão frio. Tentei controlar o tremor dos meus pés.

Não conseguia me mover.

Sabia que não podia desafiar o rei Alfa. Ele havia dito que éramos a última alcateia e eu poderia ser possivelmente a última Loba Branca que ele procura.

No Mundo dos Lobisomens, cada Alfa tem seu companheiro, uma Loba Branca. Só uma Loba Branca pode ser a companheira de um Alfa. Por isso, quando me transformei pela primeira vez, nunca treinei ao ar livre ou corri com minha loba; eles saberiam que eu era companheira de um Alfa. Todas as Lobas Brancas que conheço já são Lunas. Claro, quando uma loba descobre que é uma Loba Branca, ela imediatamente se expõe entre os Alfas para encontrar seu companheiro. Mas eu não planejava fazer isso.

Não posso ser companheira de ninguém! Ainda não tenho certeza se ele é meu companheiro, pois ainda não nos encontramos. Mas será se realmente consigo fugir de um Rei Alfa? Espero que ele não seja meu Companheiro. Dr*ga! Por que estou com medo?! Será que treinei duro todos esses anos em vão? Não, não vou permitir que isso aconteça.

"Isso só pode ser uma piada!" Eu disse, frustrada.

Rita estava ainda mais nervosa do que eu, andando de um lado para o outro, como se tentasse pensar em algo bom. "Não faça isso se você não vai pensar, Rita."

"C*ramba, Bertha, o que faremos?" Ela perguntou, ignorando meu comentário.

"Eu não sei." Respondi, a verdade. Felizmente, ela era a única pessoa que sabia que eu era uma loba branca, pois estava comigo durante minha primeira transformação. Fiz ela prometer que não contaria a ninguém.

A nenhuma alma viva.

Flashback.

"Meu Deus, Bertha! Você está se transformando!" Rita exclamou, animada.

"Cale a boca! Isso dói demais!" Gritei. Meus ossos estalavam por todo lugar e eu já estava caída no chão frio.

Não acredito que ela estava feliz ao meu lado enquanto eu estava vulnerável e sofrendo.

Não sabia que a transformação demorava tanto.

"Rita! Faça isso parar! Está doendo!"

"Claro que dói, é sua primeira transformação e por isso demora mais. Apenas aguente."

"Deus, eu juro que te mato quando isso acabar e eu ver minha loba." Rosnei para ela, tentando manter a consciência.

Estávamos sozinhas no quarto. Tudo começou quando estávamos assistindo a um filme. Eu disse que estava me sentindo estranha, então senti meus ossos estalando. Agora, eu só queria que a dor parasse.

"Estou tão animada!" Rita disse.

"Se você está tão animada, por favor, troque de lugar comigo." Consegui dizer entre gemidos de dor.

Encarei Rita, concentrando-me na minha agonia. Meus ossos cresciam e pelos brancos surgiam. Ah não…

Ela soltou um grito.

Quando finalmente me transformei, olhei para Rita, que era menor que minha forma de loba. Minha altura de loba se erguia acima de sua pequena altura humana. Estávamos ambas chocadas naquele momento. Não conseguíamos acreditar que eu era uma loba branca.

"Não acredito que você é uma Loba Branca." Rita disse, chocada.

Fim do Flashback.