JUNE
"Me fode mais forte, Kristin."
O som de gemidos e os barulhos de palmadas que se seguiram me despertaram do sono.
Eu me sentei na cama e estiquei os músculos.
"Isso mesmo, Kristin. É isso aí! Fode minha maldita buceta!" Uma mulher gritou.
Eu levantei rapidamente da cama e corri em direção à porta.
Os pensamentos sobre o que estava acontecendo no quarto oposto ao meu, fizeram meu coração sentir como se estivesse sendo fatiado em dois.
Eu sabia que deveria voltar ao meu quarto, mas a ideia de vê-lo nu superava muito meu desejo de correr para bem longe, para evitar mais dor no coração.
"Droga. Você é tão apertada." Kristin rosnou com aquela sua voz profunda que nunca deixa de enviar calafrios ondulantes pela minha espinha.
Minhas pernas tremiam, no entanto, consegui chegar à sua porta.
Eu a abri delicadamente, como sempre fazia toda noite que ele trazia uma prostituta de volta.
As costas dele foram a primeira coisa que eu vi. Os músculos definidos se destacavam a cada estocada que ele dava.
Seu cabelo preto estava amarrado, mostrando o final da tatuagem de dragão que percorria suas costas.
Deitada à frente dele estava uma mulher.
Embora eu não pudesse vê-la, as pernas cremosas dela, que estavam amarradas às correntes conectadas ao teto, eram o que eu via.
"Me foda mais forte, Kristin!" Ela gemeu.
Ele investiu com tanta força que a cama balançou.
Tudo isso eu presenciei, do meu lugar na porta.
Contra meu bom senso, deslizei minhas mãos para minha vagina.
Eu me acostumei a brincar com eles desde a primeira noite em que presenciei ele fazendo sexo selvagem com uma mulher.
Não é saudável, eu sei. Mas eu não conseguia impedir minha mão de procurar minha vagina enquanto imaginava estar na mesma posição que a mulher sob ele.
Eu brinquei com meu clitóris, imaginando ele passando a língua para cima e para baixo, até a entrada da minha vagina.
Um suspiro escapou da minha garganta quando enfiei dois dedos na minha vagina molhada.
Consegui abafar a voz da mulher, que ainda ofegava sob ele.
Aumentei meu ritmo enquanto meu tio imaginário enfiava três mãos na minha vagina molhada e úmida.
Ele lambeu os lábios antes de olhar para cima para mim. Seus olhos verdes escureceram de luxúria enquanto seus dedos continuavam a me tocar lentamente.
"Você quer sentir minha boca em você, boneca?" Ele perguntou com aquele sorriso malicioso no rosto.
Soltei um suspiro quando me senti à beira.
Um gemido escapou da minha garganta.
Quase imediatamente, o som de palmadas parou.
"June."
Dessa vez, a voz não estava na minha cabeça.
Congelei.
Meus olhos subiram lentamente, para se encontrar com a expressão furiosa no rosto de Kristin.
Merda!
Antes que ele pudesse dizer uma palavra, saí correndo do quarto dele e bati a porta atrás de mim.
Corri para o meu quarto e tranquei a porta antes de me apoiar nela.
Meu coração parecia prestes a saltar pela garganta.
Essa não era a primeira vez que o observava, mas era a primeira vez que fui pega.
Contei até 100 antes de ouvir passos se aproximando da minha porta.
"June." Ele bateu na porta, mas eu não respondi.
"Eu sei que você está encostada atrás dessa porta, June. Abra essa maldita porta!" Ele parecia furioso.
Engoli em seco.
Essa não era a primeira vez que ele ficava bravo comigo, mas era a primeira vez que usava esse tom comigo.
Tremi, receosa com a imagem com que poderia me deparar ao abrir a porta.
Ele suspirou.
"Falaremos pela manhã."
Eu não deixei a porta até ouvir os sons de passos.
Suspirei.
No que eu me meti?
Coloquei a mão no rosto.
Se ao menos eu não tivesse ido ao seu quarto, não teria sido pega.
No entanto, não me arrependi.
Contra meu próprio julgamento, coloquei uma palma na minha boca antes de deslizar minha mão para baixo do meu pijama e para minha buceta ainda molhada.
Imaginei meu tio batendo na minha buceta enquanto me estimulava com os dedos, dizendo o quanto ele queria foder minha buceta virgem.
Um arrepio percorreu meu corpo quando aumentei meu ritmo.
"Boneca", sua voz ribombou no meu estômago enquanto ele olhava nos meus olhos com os olhos escuros de excitação.
Ele estendeu a língua e lambeu meu umbigo.
"Droga!"
Eu gemi.
"Boas meninas não falam palavrões, Boneca." Ele deu um tapa na minha vagina tão forte que eu gritei.
"Tio, por favor não. Não faça isso," eu implorei.
Apesar da dor, ainda estava me sentindo excitada.
A sensação que o golpe dele na minha vagina provocou em mim, era diferente de qualquer uma que eu já havia sentido.
Curvei meus dedos dos pés e arqueei minhas costas.
"Você gosta disso, não é? Você é uma puta suja, minha Boneca. Você precisa que seu tio dê um tapa na sua vagina, não é?"
"Sim, tio. Dá um tapa na minha vagina, fode tão forte que eu não vou conseguir andar por dias. Essa boneca é toda sua, e de mais ninguém," implorei.
"Então, farei o que você me pediu. Vou te foder tão forte que você não vai conseguir andar, por dias."
A ameaça era clara no rosto dele, mas ainda assim enviava arrepios pela minha espinha.
Meu estômago apertou enquanto eu me apressava para acelerar meu orgasmo.
Igual a todas as malditas vezes, imaginar meu tio fazendo coisas maliciosas ao meu corpo, acelerava meu orgasmo.
"Goza para mim, Boneca." Meu tio conjurado sussurrou em meu ouvido.
"Porra, tio!"
Com um grito, tive um orgasmo tão forte que sacudiu meu corpo todo.
À medida que eu voltava do orgasmo avassalador, me senti culpada.
O sentimento que tenho pelo meu tio é mal visto pela sociedade.
No entanto, não consigo evitar esse sentimento.
Se amar o meu tio pode me conduzir pelo caminho da condenação e denúncia, então, não hesitarei em seguir essa linha.
Afinal, a culpa é dele.
O rosto dele e a maneira gentil com que me tratou, me fizeram apaixonar-me profundamente por um homem que eu não deveria ter pensamentos eróticos; o irmão da minha mãe.
Ele é um homem por quem eu não deveria ter desenvolvido sentimentos.
Mas sou imune a essas moralidades.
Afinal, o coração não pode escolher quem ele ama...