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Não sou Sua

Não sou Sua

Autor: Jessyca de Oliveira Rufino Monte

Em andamento

Erótico

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Introdução

Meu nome é Aryane Merilo Lopez, sou empresária no ramo de Eventos, meu trabalho é tornar momentos inesquecíveis, o que eu faço muito bem. Depois da pequena apresentação profissional, vamos á pessoal, tenho 26 anos, moro em Londres sozinha, tenho uma amiga bem louquinha, a Micaelly, ou elly, como chamo. Não namoro, por falta de tempo, nada demais na minha vida atual. Namorei só uma vez, e acho que nem foi namorar, foi mais uma ilusão de adolescente, pelo menos foi isso, que ele me disse quando terminou comigo. Rodrigo, ou digo, como sempre chamei, era um cara incrível, começamos a nós interessar um pelo outro quando ele veio morar com o irmão mais velho, que no caso é meu pai, sim rodrigo é meu tio, fazer o que, não se manda no coração. Rodrigo tinha 20 anos, e eu 13 anos, nosso namoro durou 3 anos, e ninguém nunca descobriu, tudo ia bem, entretanto ele resolveu terminar, e me mandou superar, pois não existia amor, resumindo ele não me amava, ele simplesmente tinha me preparado para o mundo, aquele imbecil sábia o que eu sentia, e mesmo assim me pisou. O pior não foi o termino, foi ele começar a namorar outra, e ainda trazia ela pra dormir com ele, eu chorava todas noites, entrei em depressão, foram 2 anos horríveis, e pra finalizar, ele disse a meu pai que o nosso afastamento tinha sido por que eu tinha dado em cima dele, foi minha ruina. Meu pai me castigou, tirou tudo o que ainda me restava, meu celular, meus desenhos, e minhas saídas de casa. Acho que ele não notou, que me prender na mesma casa, com ele não ajudaria em nada, então eu só fui me acostumando com a dor no meu peito, vê-lo todos os dias e com ela. Assim que fiz 18 anos, me mandei, não olhei para trás nenhuma vez, vim fazer faculdade bem longe, não ia aguentar vê-lo casar com ela, estavam de casamento marcado. Nunca entendi porque do término, mas com o tempo aceitei, que tinha sido só uma brincadeira dele. Faz 10 anos que acabou, e 8 anos que moro aqui sozinha, não tenho raiva, nem vontade de me vingar, eu só deixei pra lá, não falo e nem sei dele há 8 anos, cortei qualquer tipo de relação, e também não visito meus pais, converso sempre com minha mãe, mas meu pai nunca me perdoou, por ter ido embora. Só trabalho, e trabalho. Sou Rodrigo scott Baker, tenho 33 anos, empresário no ramo do entretenimento, ou seja tenho boates, salões de festas, e agências de publicidade, sou muito bem sucedido, no trabalho. No pessoal, sou viúvo a 6 anos, Elise faleceu no parto do nosso filho Miguel, aconteceram problemas e ela não resistiu, confesso que não foi fácil um homem com 2 filhos seguir sozinho mais eu consegui, e hoje sigo bem. Tenho alguns amigos, e muitas mulheres mas nenhuma que signifique tanto como a anne, Aryane é minha sobrinha, doce, educada, simpática e linda. Não pude resistir e acabei me envolvendo com ela, foram 3 anos de pura loucura, era escondido, por ela ter só 13 anos. Eu sei que não foi legal, mais ela era meu número, e não pensei na idade, só terminei quando vi que não teríamos futuro, ela era uma garota, e eu um homem, algum de nós tinha que ter juizo, então terminei com ela, e arrumei um emprego, depois uma namorada. Anne ficou muito ruim, ela não saia mais de casa, se isolava no quarto e claro não queria me ver, meu irmão achou muito estranho, pois nós não nos separávamos e agora ela não passava nem perto, então menti, disse que tinha acontecido uma situação comigo, mas que já tinha sido resolvida. Cristovam deu uma surtada tirou tudo dela, e a proibiu de sair, vê-la sofrer não me fazia bem, me machucava vê-la daquela forma, más, pior seria continuar com uma mentira, que era nosso relacionamento. Depois de um tempo ela foi embora, sumiu, não sei dela há 8 anos, até gostaria de vê-la, ela me faz falta. Conversávamos sobre tudo, e riamos bastante, era a minha luz, entretanto foi melhor assim, confesso que as vezes sinto falta daquele corpo, que não tinham tantas curvas, mais me prendiam de uma forma que nenhuma outra conseguiu.
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Chapter 1

Capítulo 1 - Dia de trabalho

Aryane

Ligação On

— Não mãe, eu não posso, tenho que trabalhar – falei.

— Ary querida, chega de desculpas, já faz tempo, eu não aguento de saudades, e seu pai sempre pergunta por você. – mamãe falou.

— Tá bem mãe, eu vou arrumar um tempo e vou. – falei desanimada.

— E quando será meu amor? – perguntou muito animada.

— Em um mês mãe. – disse.

— Está bem meu amor, vou preparar tudo pra você, e não me importo se você trouxer um namorado. – falou.

— Tá mãe, agora preciso trabalhar. – disse.

— Bom trabalho meu anjo, nós te amamos. – disse e desligou.

Ligação off

— E aí o que foi? – perguntou elly pulando em minha cama.

— Minha mãe, me convenceu a ir visitá-la. – falei.

— Ary você sabe que eu te dou o maior apoio em tudo né? – falou e eu afirmei que sim. — Você não a vê, faz 8 anos, já está na hora de voltar, ela deve ficar muito triste.

— Eu sei, mas não sei e posso olhar para o meu pai e ver sua expressão de reprovação – falei.

— Ary você é uma grande empresária, se ele te reprovar foda-se, você sabe que vale muito, e se precisar eu vou com você e desço o cacete. – falou e eu ri.

— Só você mesmo pra me fazer rir da desgraça, mas você está certa, eu vou. – falei.

— Ótimo! Agora levanta e vamos, já são 9 da noite e temos que estar lá às 10. – falou.

— Como eu sei que seu guarda roupa é péssimo, eu trouxe roupa pra você, quero você beijando na boca hoje. – falou.

— Rsrsrs, nem pensar, meu trabalho vem primeiro. Agora me diz pra que uma festa de casamento a fantasia, as vezes acho que as pessoas são loucas. – falei levantando.

— Para de reclamar e vai se arrumar, te vejo daqui a pouco. – falou e saiu.

Fui para o banheiro e tomei um banho relaxante, saindo e fui ver a roupa.

— Meu deus, ela só pode ter enlouquecido. – pensei alto.

— Vou parecer uma piranha que organiza eventos. – disse pra mim mesma.

Vesti a roupa e me olhei no espelho, meu deus quem é essa? - pensei.

— Você está muito gata. – elly falou atrás de mim.

— É sério, mulher gato? – perguntei virando pra ela.

— Pode acreditar que tinha piores, além disso, hoje eu quero que você se divirta, e que esqueça quem é, só por hoje. – falou.

— Tá bom, vou tentar. – falei derrotada.

Saímos para o evento que estava lindo e simplesmente perfeito, afinal foi eu que fiz. Entramos e todos olharam para nós, eu morri, queria me enterrar, mas elly me obrigou a continuar, começamos nosso trabalho, e correu tudo bem, ouvi até algumas cantadas que me deixaram bastante feliz.

Já no fim da noite, e liberada do meu trabalho, decidi que beberia um pouco, o trabalho tinha terminado, e eu merecia, sentei em um banquinho e pedi um uísque, tomei um gole, tinha esquecido como era forte, a última vez que bebi foi com ele, rodrigo sempre me levava com ele as festas, e sempre me deixou beber.

— Boa noite. – falou uma voz me tirando dos meus pensamentos.

— Boa. – respondi sem olhar.

— Sabia que é falta de educação não olhar para a pessoa que se está cumprimentando, ainda mais sendo eu. – falou.

Ele foi tão petulante que eu não resisti e me virei para ele, e Oh Meu Deus, ele é simplesmente lindo, vestia um terno e usava uma máscara que o deixava ainda mais delicioso.

— O que foi, perdeu a fala? – perguntou.

— Pra falar a verdade sim, porém já recuperei. – disse.

— Gosto da sua sinceridade, por isso vou usar a minha, tenho 3 perguntas, e quero que me responda. – disse.

— Ok. – falei.

— Gosta de mim? – perguntou.

— Sim, você é bem bonito. – falei.

— Tem namorado? – perguntou.

— Não. – disse.

— Quer sair comigo agora para minha casa? Estou de olho em você a noite toda. - disse.

Fiquei meio em choque, um homem como aquele me chamando pra sair só podia ser golpe.

— Não, eu não quero sair com você. – menti, eu queria e como.

— Ela vai sim. – ouvi elly atrás de mim.

— Eu não vou não, precisamos terminar. – disse.

— Não precisamos, eu termino, e você vai se divertir com esse deus, cuida dela. – falou.

— Será um prazer. – disse.

Elly saiu e nós ficamos sós novamente.

— Olha eu não quero sair com você, mais agradeço se fizer um favor. – falei

— Claro. – falou em tom sério.

— Não quero que ela pegue no meu pé, se puder me acompanhar até a saída, ela vai achar que saímos juntos, ai durmo num hotel. – falei, eu sei parece patético, mais fazer o que eu estava com medo de sair com ele, e ele disser que eu não tinha sido mulher pra ele.

— Claro. – disse.

Levantamos e saímos em direção a porta, lá fora eu olhei mais uma vez pra ele, como eu ia me arrepender de não sair com ele.

— Obrigada. – disse.

— Nem pensar, te levo até seu carro. – disse, e eu assenti.

Caminhamos em silêncio até meu carro, quando chegamos eu tomei coragem pra falar.

— Me desculpa por atrapalhar sua noite. – falei e me virei para abrir o carro.

Enquanto procurava a chave do carro senti sua mão em minha cintura e suspirei, ele encostou em mim, estava visivelmente excitado.

— Só um. – falou no meu ouvido, e eu tive que conter um gemido.

— Um o que? – perguntei sem conseguir pensar direito, o cheiro dele era inebriante, perfume masculino e vodca, tentador.

— Se me der um motivo pra não sair comigo, eu te deixo em paz. – falou sussurrando.

Uma onda de sensações passavam pelo meu corpo, ele me abraçava cada vez mais, sabia que meu corpo não tinha resistência, como resistir aquelas sensações, formigamento, medo, desejo, tesão, mesmo sabendo que não deveria, eu queria me arriscar.

— Eu não tenho um. – falei.

— Eu sabia, vou querer saber o porquê da resistência a mim, mas só depois, agora. – falou e parou.

Quando ele parou de falar, ele foi até meu pescoço, e passou a língua até minha orelha, nesse momento eu me entreguei, só uma noite me fazia bem, eu precisava disso.

— Vamos pra minha casa. – falei.

— Não, quero você na minha cama. – falou. — Vem, vamos no meu.

Me levou para o carro dele, que nada mais era do que um belíssimo Maserati Ghibli, preto, perfeito, antes de vocês perguntarem, tenho uma paixão por carros, por isso tenho uma picape Classe X da Mercedes, e eu amo muito ele.

Entrei no carro e ele arrancou, em poucos minutos, chegamos a um apartamento, não vi onde era, ele abriu a porta pra mim, eu sai e ele me pegou pela cintura, me guiando pela entrada até o elevador e depois até sua cobertura.

Ele abriu a porta, e o apartamento estava todo a meia luz, tinha pétalas de rosas espalhados pelo chão, eu não entendi.

— Porque isso tudo? – perguntei.

— Gosto de agradar. – falou.

— Como sabia que eu viria? – perguntei.

— Não tinha certeza, mas resolvi arriscar, e acertei, vem. – disse.

Me guiou até o quarto, que estava cheio de pétalas, no chão e na cama. Eu fiquei um pouco chateada.

— Eu preciso ir ao banheiro. – disse.

— É ali, eu te espero. – falou.

Eu entrei e tranquei a porta atrás de mim, não me sentia bem, ele sabia que eu cairia na dele, tinha até preparado tudo, não dava pra me enganar novamente, estava me sentindo a adolescente enganada de antes, acho que pensei que fosse a única, e notei que ele era profissional.

Não que eu quisesse ser a única, mas a mulher quer ter essa sensação, e logicamente ficou claro que eu não era.

— Tudo bem aí? – gritou.

Abri a porta olhando para o chão.

— Eu quero ir embora. – disse.

— Por que isso agora, não gostou do que preparei pra você? – perguntou.

— Eu não me sinto bem, só quero ir embora. – falei de cabeça baixa.

— Olha pra mim. – falou e eu levantei a cabeça.

Meu deus, ele estava só de cueca, que visão, loiro, olhos verdes e corpo lindo, fiquei sem fala.

— Eu vejo seu desejo por mim, porque luta contra. – falou.

— Porque depois que cheguei aqui me sinto uma vadia, você preparou tudo sabendo que me pegaria, e não sabemos nem o nome um do outro. – falei.

— É por isso? Eu não sabia que encontraria uma mulher como você, só preparei isso depois que senti que você também me queria, e arrisquei porque você poderia não vir, aí eu dormiria sozinho no meio de rosas, muito gay não acha? – falou e me fez sorrir.

— Não estou acostumada a isso. – falei.

— A que? Alguém se interessa por você? E a propósito meu nome é Rafhael. – falou.

— Aryane. – falei.

— Então Ane, o que você quer? – perguntou.