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Me redendo ao CEO

Me redendo ao CEO

Autor: Lanny Domiciano

Atualizando

Bilionário

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Introdução

No seu primeiro dia Raquel chega atrasada e bate num carro preto, depois descobre que é do seu chefe, Bruno Montenegro. Logo de início ele é um grosseiro, implicante com sua nova secretária. Mas ele começa olhar ela com outras olhos até tenta se aproximar, porém, a moça não dar brecha, pois tem namorado. Isso muda depois que começou a trabalhar na empresa que sempre sonhou, Montenegro Advocacia Ltda. E com isso ficou distante. O Senhor Montenegro fica sabendo da dessa distância e volta com as investidas. Mas no seu caminho aparece Wirley Castro que também se interessa na morena. E para piorar sua mãe e sócia da empresa se intromete e vai fazer de tudo pra não ficarem juntos! Como vai ficar essa relação com a mãe se metendo? E ainda tem o Wirley que não vai desistir tão fácil da morena.
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Chapter 1

Faz três anos desde que concluí a minha graduação de secretariado executivo, sem perder tempo cursei uma pós-graduação de dez meses, para poder trabalhar na área tanto de secretariado quanto de assessora empresarial.

Foram longos anos de estudo e esforço querendo conseguir alcançar o meu objetivo, trabalhar na maior empresa de advocacia do Rio de Janeiro, Montenegro Advocacia. Era o meu sonho trabalhar nessa empresa.

E quando eu acessei os sites de emprego e vi que estavam precisando de uma secretária executiva, nem acreditei no que estava vendo. Não podia perder aquela oportunidade, sem pensar duas vezes mandei o currículo para o e-mail do anúncio.

Só precisei aguardar. Torcendo para que conseguisse essa vaga, eu estudei tanto, batalhei tanto. E Deus ouviu minhas orações, pois duas semanas depois eu tive minha entrevista. A responsável pelo RH gostou do meu currículo e a moça que fez a entrevista foi extremamente simpática. Disse que ia passar para o Sr. Montenegro o meu currículo, que era para aguardar que eles me ligaram.

Saí de lá toda esperançosa. Cheguei em casa fui para o meu quarto, joguei a minha bolsa na cama, me ajoelhei e conversei com Deus mais uma vez. Claro que fui pedir para ele me dar aquela forcinha. Agradeci por essa oportunidade que apareceu, orei um Pai Nosso e me levante.

Estou saindo da cozinha com o pote de pipoca, levando para sala pra mim e minha amiga Patrícia. Claro que antes de vir aqui, tive que aceitar suas brincadeiras sobre o meu fracasso encontro com o meu namorado. Deixo a pipoca na mesa de centro junto com as cervejas.

— O que você está fazendo? Está colocando dublado? Achei que não gostasse? — digo, pegando a cerveja na mesa e dou um gole.

— Sim, mas uma garota que fiquei mandou o trailer dublado. Menina, que voz é aquela, doce e muito sexy do boy, minha calcinha ficou até molhada, acredita? — caçoa, encostando-se no sofá, apontando o controle na tela para começar a série.

— Que isso, hein? Patrícia, você está começando a gostar de garotos? — olho para minha amiga e começamos a rir.

— Até parece, o meu negócio é com garotas, você sabe disso. Mas espera começar que você vai ver — diz, e aponta o controle para mim.

Quando ia zoar o meu celular vibra, noto que é um número desconhecido. Quem está me ligando às nove da noite numa sexta-feira?

— Alô? Quem fala? — sigo, irritada.

— Gostaria de falar com Raquel Oliveira? — pergunta.

— É ela — respondo, minha amiga diminui o volume da televisão e olha pra mim.

— Aqui é Camila do RH da empresa Montenegro Advocacia Ltda, lembra que foi chamada para uma entrevista semanas atrás? — dou um salto no sofá. Não pode ser, levo a mão no rosto.

— Raquel, o que houve? Está tudo bem? — Patrícia vem na minha direção, pega no meu braço e começa sacudir.

— Hã? Oi? Sim Patrícia, estou bem. Para de me balançar que estou ficando tonta — peço, ela solta o meu braço.

— Alô? Senhorita Oliveira está aí? Está me ouvindo? — Escuto uma voz no celular. Droga! Fiquei tão em choque que esqueci a mulher do RH do outro lado da linha.

— Sim, estou aqui. — Minha amiga começa perguntar querendo saber quem é, afasto-a pedindo pra fazer silêncio. — Desculpa, pode falar... — vou para o sofá e me sento, Patrícia também se senta fazendo gestos, mas a ignoro.

— Como estava dizendo, entreguei o seu currículo para senhor Montenegro e ele gostou muito, ele perguntou se você tinha alguma experiência, eu disse que não. — Escuto tudo, na parte da experiência fico preocupada. Ai, ai meu pai do céu! Bato a ponta do pé freneticamente. — E ele disse tudo bem, a senhorita vai começar na segunda-feira às nove horas da manhã, vou enviar o endereço.

— EU SEI ONDE FICA! — grito, dou um pulo no sofá. A mulher fica em silêncio por um momento — Digo... Sei onde fica... — Patrícia ri da minha atitude, mas lanço um olhar de reprovação, ela para na mesma hora.

— Tudo bem. — escuto uma risada no fundo da linha. — Aguardo você para explicar e mostrar a empresa. Ah... Não se atrase, senhor Montenegro detesta atrasos. — orienta a mulher.

— Ok, ok. Não vou me atrasar, pode deixar. — confirmo, parecendo séria, mas no fundo pulando de alegria. Agradeço a oportunidade e ela desliga.

Começo a pular e gritar sem parar, parecia que estava em Salvador.

— Raquel? Raquel? — Patrícia se levanta e me fita em entender o porquê comecei a pular. — Ei, você está me ouvindo, mulher? — Segura o meu braço me fazendo parar de pular.

— Hã? Oi? O que foi?

— O que foi? Primeiro você ficou aí toda parada e imóvel, parecia que viu alguém morrer, agora está pulando como uma louca. Isso porque só deu um gole nela. — Pega a cerveja e começa analisar. — Só falta ter vindo batizada. — olho para a minha amiga e começo a rir.

— Patrícia, a cerveja não está batizada. — Pego a cerveja da sua mão, colocando na mesa. — Vamos nos sentar que te explico o que aconteceu, ok.

— Está bem... Mas se você tiver mentindo... — aponta o dedo pra mim.

— Não estou. — sorrio. — Posso contar? — balança a cabeça que sim. — Se lembra que mandei o currículo e duas semanas depois fui chamada para uma entrevista?

— Claro que lembro, você só ficou falando isso durante uma semana. Que a tal mulher do RH ia levar seu currículo para o tal Monteiro, se ele gostasse você seria chamada — diz a minha amiga.

— Isso, amiga, não é Monteiro e sim Montenegro. — ela balança os ombros, como se dissesse "tanto faz". Não aguento e começo a rir, mas logo paro e continuo. — Vou trabalhar na Montenegro Advocacia como secretária executiva! — revelo, ela fica imóvel ali na minha frente, faço gestos e nada, começo a ficar preocupada com a minha amiga.

Então dou um beliscão no seu braço e ela dá um salto do sofá gritando de dor. Ufa, ela está bem.

— Merda, Raquel! Porque diabos você fez isso? — alisa o braço, gemendo de dor do beliscão que dei.

— Era o único jeito, você ficou paralisada no sofá — digo, me levantando do sofá e ficando na sua frente.

— Que exagero, mas esquece isso. É sério mesmo? Você vai trabalhar naquela empresa que você sonhou tanto? — balanço a cabeça confirmando. — Caramba, Deus ouviu suas preces, hein? — ela diz, voltando a se sentar no sofá.

— Sim... Estou tão feliz, sabe? Um sonho sendo realizado... Vai ser tudo... — ela me corta.

— Tudo de bom? — completa ela, nos olhamos e começamos a rir.

— Sim e mais um pouco... — o meu rosto chega a doer de tanto sorrir. Ela se vira e me fita.

— Mudando de assunto, Fabrício sabe que você mandou o currículo? Melhor, qual vai ser a reação dele ao saber que você vai trabalhar nessa empresa, porque se me lembro, ele não gostou nadinha dessa ideia — relembra Patrícia, me fazendo lembrar quando falei para o meu namorado que queria muito trabalhar na Montenegro Advocacia.

Ele fez um drama para eu não mandar o meu currículo, me proibiu de fazer isso. Até parece. Ele tem que entender que é o meu sonho.

— Ele pensa assim porque acha que vou trocá-lo por um bilionário engravatado sadomasoquista. — na hora, a Patrícia começa a gargalhar. E lembramos quando nós três fomos para o cinema assistir ao filme cinquenta tons de cinza, ver aquela delícia do Christian Grey. Confesso que ia amar trocar de lugar com aquela mocinha do filme.

— Até que não seria mal, né? — pisca pra mim e finjo que nem escutei esse comentário dela.

Ela acha que estou perdendo tempo numa relação sem futuro, tipo, estamos juntos faz cinco anos, ele não para em serviço nenhum e sempre tá pedindo dinheiro e quando saímos eu que pago. Eu gosto do Fabrício, foi o primeiro a quem me entreguei, vamos dizer assim. E sei que ele sente alguma coisa por mim... Mas demonstra de um jeito diferente, só isso...

— Ei, já está começando — avisa Patrícia, me cutucando com o cotovelo, que tira dos meus pensamentos. — Está tudo bem? — me fita.

— Sim. — ergo meu braço para pegar a cerveja. Ela aproveita e pega a sua.

— Vamos comemorar! Brindar que você conseguiu esse emprego, que você merece — comenta minha amiga.

— Sim, sim. — concordo logo tomamos um gole e começamos assistir a série. Não vejo a hora de chegar segunda-feira para começar a trabalhar.