"Ah sim... mais forte... sim, isso é bom", os gemidos altos da fêmea preenchiam a sala, suas mãos agarrando as costas do macho cujos quadris se moviam entre suas pernas.
A sala se enchia com os sons de suas vozes cheias de luxúria, gemidos e grunhidos, tornando impossível para Marie ignorar o que estava acontecendo bem diante de seus olhos. Mesmo que tivessem sido um pouco mais silenciosos, não teria feito diferença, pois ela era forçada a assistir seu companheiro fazendo sexo com outra fêmea.
Não era a primeira vez que isso acontecia. Não, ela havia sido submetida a este tratamento mais vezes do que podia contar. E ainda assim, a dor que ela sentia nessas ocasiões nunca cessava. Por causa de seu vínculo com seu companheiro, ele acasalar com outra fêmea causava-lhe uma dor intensa. Ele sabia disso e gostava de torturá-la com tais performances.
Rafael, seu companheiro, era um poderoso Alpha. Ele tinha grandes ambições para sua alcateia e ter uma companheira Omega que não conseguia se transformar em forma de lobo não fazia parte de seus planos. Infelizmente, ele não podia rejeitá-la devido às estritas regras de acasalamento do Rei Lycan impostas aos Alphas.
O Rei Lycan exigia que cada Alpha formasse um vínculo com sua companheira dada pelos Deuses, caso contrário, ele os privaria de seu poder e autoridade. Rafael havia encontrado a combinação perfeita para ele, uma poderosa filha de Alpha que seria a perfeita Luna para ele e sua alcateia. Mas primeiro, ele precisava se livrar de Marie. Ele não podia fazer nada contra ela por medo do Rei Lycan descobrir, então ele tinha que ser esperto sobre isso.
Rafael gemeu de satisfação quando ele ejaculou, derramando dentro da fêmea abaixo dele. Ele olhou para Marie apenas para ver seus olhos apertados. Seus lábios torcidos de raiva enquanto se afastava da fêmea e saía da cama. Como sempre, Marie estava amarrada a um poste no meio da sala. Dessa maneira, ela não poderia virar-se mesmo que quisesse.
O rosto de Marie empalideceu quando Rafael deu um passo em sua direção. Seu corpo enfraqueceu, sabendo o que estava por vir. Era proibido dela desviar o olhar enquanto ele fazia sexo com suas parceiras e ela acabou de ser pega fazendo isso. Tal desobediência vinha com consequências graves, e Rafael nunca mostrava misericórdia.
Alcançando um chicote pendurado na parede, ele o girou no ar e golpeou-a em seu estômago. "Quem disse que você podia fechar seus olhos?" ele exigiu.
Marie abaixou o olhar para o chão e cerrou os dentes, suportando a dor e segurando um gemido.
“Olhe para mim quando eu falo com você!” Rafael rugiu.
Marie olhou para ele, seus olhos cheios de ódio e repulsa. Por quanto tempo mais ela poderia viver como uma escrava nesta alcateia, privada de qualquer liberdade? Ele até a impediu de ir à escola! O que ele esperava que acontecesse? Que ela se mataria para sair do seu caminho? Ela desejava que ele simplesmente quebrasse o vínculo e a libertasse.
Encontrando seus olhos desafiadoramente, ela cuspiu nele. “Foda-se.”
Fúria vermelho-fogo encheu os olhos de Rafael, e seu chicote balançou novamente pelo meio dela. Dor percorreu o corpo de Marie. “Para quem pensa que está falando?” ele exigiu, segurando seu queixo na mão. Ele apertou a mandíbula dela com tanta força que ela pensava que o osso pudesse quebrar. "Você é apenas uma baixa Omega, conheça o seu lugar!"
A lobisomen na cama, Adija, desceu e se aproximou dos dois. Ela era a Princesa Alpha de River Bed, e ela era a única que Rafael preferiria ter como sua Luna. Ela não podia esperar que ele se livrasse de sua fútil companheira Omega.
Ela sempre detestava Omegas, especialmente desde que sua mãe morreu de desgosto depois de ver seu pai fazer sexo com uma Omega. Como tais criaturas sem valor podem ter tanta coragem? Eles eram os resíduos da sociedade, não adequados nem para mostrar face diante dos Alphas ou da realeza.
"Você finalmente vai rejeitá-la?" ela perguntou a Rafael, seus olhos percorrendo Marie de cima a baixo com um sorriso sarcástico no rosto. "Você a manteve por tempo suficiente."
Rafael soltou Marie e deu um passo para trás. "Eu queria", ele respondeu. "Não se esqueça da lei do rei. Só posso rejeitá-la se ela me trair primeiro.”
Marie conteve o riso de escárnio. Rafael estava se esforçando muito para fazê-la traí-lo primeiro. Ele deve pensar que ela sairia furiosa e teria relações com outro homem, assim como ele fazia com suas inúmeras prostitutas. Mas, ela sabia melhor.
Diferente dele, ela não sairia impune. Ela não estava pronta para jogar sua vida fora depois de tudo que passou. Ela estava determinada a se afastar de Rafael e fazer uma vida para si mesmo longe de todo esse sofrimento.
"Malditas sejam as leis!" Adija olhou furiosamente para Leia, deitada no chão. Se não fosse pelas leis do rei lobisomem, ela a teria matado imediatamente. Mas, isso não seria bom para sua reputação.
Ela se virou para Rafael. “é melhor você parar de açoitá-la, a menos que queira que o Rei Lycan descubra como você tem tratado sua companheira."
Rafael se conteve e largou o chicote. O Rei Lycan estava visitando a alcateia no dia seguinte. Marie precisava parecer ilesa.
"Limpe-se", ele a esbravejou antes de soltá-la e sair do quarto com Adija.
Com aquela dupla venenosa finalmente fora, a dor de Lara finalmente escapou em um gemido. Ela queria deitar no chão para sempre, mas o repugnante cheiro de amor que eles deixaram a forçou a parar de lamentar imediatamente.
Malditas feras! Ela não os deixaria escapar.
Depois de limpar completamente aquele lugar sujo, ela arrastou seu corpo cansado para fora da residência do alfa e foi para a casa de seus pais.
Era apenas um casco do que já foi, em ruínas desde que uma estranha doença dizimou toda sua alcateia e a deixou como única sobrevivente. Foi quando Rafael apareceu e a resgatou, ou assim ela pensou. Ela tinha quinze anos na época. No seu próximo aniversário, ela descobriu que ele era seu companheiro, mas como ela se tornou uma Omega, ele a tratava como se fosse a poeira sob seu sapato.
De vez em quando, Marie voltava à casa de seus pais quando se sentia para baixo. Estar lá lhe dava um senso de esperança e motivação.
"Eu não vou desistir", ela sussurrou para o espaço vazio. Mesmo que seus pais estivessem mortos há muito tempo, ela falava com eles como se estivessem ali, o que sempre a deixava aliviada. "Eu não vou morrer facilmente. Continuarei vivendo e, eventualmente, farei todos eles pagarem por tudo que fizeram comigo.”
O Rei Lycan estava vindo para a alcateia no dia seguinte, e era a oportunidade perfeita para se libertar. Ela exporia a hipocrisia de Rafael e, uma vez que estivesse fora de seu alcance, ela reconstruiria sua alcateia e buscaria vingança por tudo o que ele a fez passar.